Dois meses após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, a maior milícia do Rio tem um novo chefe: quem assume é o irmão de Ecko, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
As informações foram confirmadas pela Polícia Civil. Segundo o delegado William Pena Júnior, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), a força-tarefa que atua contra milícias no Estado vai atuar para prender o criminoso, que está foragido.
‘Ontem foi aniversário dele e estamos trabalhando para que seja o último fora da prisão’, diz delegado que integra força-tarefa da Polícia Civil contra milícias no Rio de Janeiro.
“Ontem foi aniversário dele e estamos trabalhando para que seja o último fora da prisão”, afirmou o delegado ao G1.
Histórico
Poucos dias depois da morte de Ecko, em junho, a Polícia já monitorava as alianças de Zinho com antigos homens de confiança do irmão para assumir o comando da milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste.
Zinho é considerado um homem de perfil mais ligado às atividades de lavagem de dinheiro da milícia de Santa Cruz e Campo Grande, principalmente na Baixada Fluminense.
Como o G1 revelou em 2018, na série Franquia do Crime, Zinho era sócio da empresa Macla Comércio e Extração de Saibro que, segundo a polícia, faturou R$ 42 milhões entre 2012 e 2017. Outras empresas da organização criminosa eram utilizadas para movimentação deste dinheiro.
Em 29 de agosto de 2018, a Polícia Civil tentou cumprir um mandado de prisão contra Zinho em um sítio no Espírito Santo. O irmão de Ecko conseguiu fugir pela mata, mas a polícia apreendeu o celular dele, deixado no momento da fuga.
Em janeiro de 2019, a Polícia Civil confiscou a mansão de Zinho na Barra da Tijuca, avaliada em R$ 1,7 milhão. Zinho não estava em casa no momento da chegada da polícia, e desde então está foragido.
Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, Zinho tinha outros esquemas criminosos com alvos presos, que envolviam a prática conhecida como “mescla”: depósitos sucessivos em pequenas quantias, que misturam o dinheiro de origem lícita no caixa da empresa com o dinheiro proveniente dos lucros do crime organizado.