Uma operação de combate a exploração sexual infantil na internet terminou com três pessoas presas em flagrante em Montes Claros (MG). A ação, denominada Saint Nicolas, foi deflagrada pela Polícia Federal em 10 cidades mineiras nesta quarta-feira (29).
Segundo a PF, as prisões em Montes Claros foram realizadas durante o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão. No total, 36 ordens judiciais dessa natureza foram expedidas pela Justiça, sendo que 18 pessoas acabaram detidas em flagrante em MG.
Ação, denominada Saint Nicolas, foi deflagrada pela Polícia Federal em 10 cidades mineiras nesta quarta-feira (29). Em Montes Claros, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Os nomes dos presos não foram divulgados. O g1 tenta saber se eles possuem advogados, mas as defesas não foram encontradas até a publicação desta reportagem.
Investigação em Montes Claros
O delegado Pedro Dias explica que cinco inquéritos foram instaurados pela delegacia de Montes Claros com o objetivo de apurar o compartilhamento de material pornográfico. As investigações começaram há cerca de dois meses.
“Em cada um desses inquéritos houve a expedição do respectivo mandado, esse mandado foi expedido com o propósito de serem apreendidas mídias – celular, notebook, pen drive – qualquer mídia que pudesse armazenar os arquivos dessa natureza.”
De acordo com a PF, nos materiais apreendidos há fotos e vídeos de crianças e adolescentes em diversas situações de abuso. A identificação desse material permitiu a realização das prisões.
“Quando há o cumprimento de busca é feita uma análise superficial nos equipamentos com um equipamento de perícia”, explica o o delegado chefe da PF em Montes Claros, Gilvan de Paula.
Todo o material recolhido passará por perícia para identificar registros de compartilhamento de pornografia infantil. A partir da análise a polícia vai identificar qual o nível de atuação dos suspeitos, se eles atuavam compartilhando o material pornográfico ou se também participavam das situações de abuso.
“Há um universo muito grande de arquivos dessa natureza. Em apenas um dos inquéritos foi constatada a disponibilização de mais de 1.200 arquivos dessa natureza. […] Foram identificadas situações em que claramente se trata de crianças, não tem achismo”, fala Pedro Santos.
Inicialmente, a PF apura os casos isoladamente, ou seja, por enquanto não há indícios de que os investigados tenham vínculos entre si.
“Nós temos a configuração de dois delitos, o primeiro deles, que serviu de fundamento para a instauração dos inquéritos, é de compartilhamento ou disponibilização de material pornográfico infanto-juvenil. O segundo delito constatado na data de hoje nesses três casos das prisões em flagrante é a posse do material pornográfico. As penas somadas podem ser de até 10 anos de prisão”, finaliza o delegado Pedro Santos.