Jovem baleado dentro de boate em Patos de Minas tem morte cerebral; cinco suspeitos chegaram a ser detidos

Fonte: G1 Triângulo e Alto Paranaíba e TV Integração 

O jovem Carlos Henrique Maciel Domingues, de 20 anos, atingido com um tiro na cabeça em uma boate em Patos de Minas, teve morte cerebral confirmada na manhã de domingo (5). Entre os suspeitos da ação estão dois jovens de 18 e dois de 19 anos, além de um adolescente de 17, que foram detidos.

A ocorrência foi registrada na madrugada do último sábado em uma boate localizada na Avenida Juscelino Kubitschek no Bairro Planalto. A vítima era ex-namorado de uma das suspeitas do crime, de 18 anos. A outra pessoa de 18 anos, também classificada como suspeita, é o atual companheiro dessa jovem. Os outros três são amigos que estavam os acompanhando na festa.

Crime foi registrado na madrugada de sábado (4) na boate ‘Liverpool’ durante a festa ‘Baile do Dj Roca’. Suspeita é de que crime tenha ocorrido por motivos passionais; caso segue em investigação e o g1 procurou os envolvidos.

Após ter sido atingido, o rapaz chegou a ser levado até o Hospital Regional da cidade, mas acabou tendo a morte cerebral confirmada. Agora, a família decidiu doar os órgãos dele e, após a retirada, ele será levado ao Instituto Médico Legal (IML).

“Isso é um ato de caridade da família e do paciente que faleceu. Ele vai ajudar com órgãos sólidos, seis pessoas, com o coração, o fígado, o pâncreas, os dois rins, além das duas córneas”, detalhou o médico Silvério Leonardo Macêdo.

Imagem de divulgação da festa baile do Dj Roca em Patos de Minas  — Foto: Reprodução/Divulgação

Imagem de divulgação da festa baile do Dj Roca em Patos de Minas — Foto: Reprodução/Divulgação

reportagem procurou a boate “Liverpool”, onde o evento foi realizado, que informou que a festa foi terceirizada, por isso não tinham o que falar sobre. O organizador da festa “Baile do Dj Roca” também foi procurado para comentar sobre o assunto, mas não houve retorno até a última atualização da matéria.

O crime

Segundo o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), a Polícia Militar (PM) foi acionada para atender a ocorrência no sábado e, chegando ao local, primeiro ouviu as testemunhas. Entre elas uma segurança, que informou que teve contato com o adolescente de 17 anos, que pediu a ela para sair do local rapidamente para deixar uma blusa de frio em um carro, porém, a segurança não o deixou ele sair em um primeiro momento.

Outro segurança viu a cena e também um jovem de 18 anos chegando ao local e dizendo que “hoje iria pegar o Carlinho”, se referindo à vítima. Contudo, disse para a polícia que “não deu muito crédito ao que ele disse, pois, aparentava estar alterado, alcoolizado ou drogado”. Além disso, relatou que mesma fala de “pegar o Carlinho” foi dita pelo adolescente de 17 anos.

Consta ainda na ocorrência, que em um determinado momento esse adolescente saiu correndo do local e voltou sem ser revistado, com a blusa na mão. Momentos depois, houve os disparos e um dos suspeitos viu o menor de idade sair correndo.

No boletim de ocorrência também há informação que no momento do crime a atual namorada da vítima estava na balada, mas na hora do tiro havia ido ao banheiro. Em depoimento ela disse que teve problemas com a ex-namorada dele, por questões de ciúmes.

Um amigo da vítima estava perto no momento do crime. Ele contou aos militares que ouviu os barulhos e viu o suspeito de 18 anos saindo correndo do local.

Suspeitos

Após ouvir as testemunhas, a PM foi atrás dos suspeitos do crime.O adolescente de 17 anos conversou com os militares e entrou em contradição em diversos pontos da história. Ele disse que havia ido sozinho à balada, mas os outros suspeitos disseram que estavam com ele.

Já a ex-namorada da vítima explicou que teve uma relação com o jovem por 5 anos e que se relacionava com Carlos às vezes, mesmo após o término. Contudo, manteve a versão de que estava no banheiro na hora do crime.

Após as diligências todos os suspeitos foram detidos e levados até a delegacia, mas foram liberados.

Investigação

g1 procurou a Polícia Civil para saber mais detalhes sobre o caso. Em nota, eles informaram que “não havia elementos ou indícios de autoria suficientes para a ratificação da prisão em flagrante pela Autoridade Policial plantonista, sendo ouvidos e liberados. Os procedimentos para a completa elucidação dos fatos estão em curso e outras informações serão prestadas em momento oportuno”.

Conforme o delegado de Homicídios de Patos de Minas, Luis Mauro Sampaio Pereira, o inquérito para foi aberto para apurar a ocorrência, mas o caso ainda é investigado com cautela.

“É necessário termos cautela nesse momento, para que realmente todos os elementos de prova venham com tranquilidade e transparência, e a gente possa indicar de forma clara quem seria ou quem foi o autor dos disparos”, explicou.

Caso alguém tenha mais informações ou tenha testemunhado o crime, o delegado também pede que as pessoas denunciem, indo até a delegacia ou através de denúncia anônima pelo 181.

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