O 5G começou a funcionar em Brasília, na quarta-feira (6), primeira capital a receber a rede. Em Belo Horizonte, a expectativa é que a tecnologia comece a funcionar a partir do dia 29 de agosto deste ano, de acordo com o cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Entretanto, há a possibilidade de que isso aconteça antes, mas sem data definida.
O 5G, quinta geração de internet móvel, promete uma revolução: conexão com velocidade ultrarrápida, avanços de tecnologias como carros que dirigem sozinhos e a possibilidade de ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo.
É preciso ter um celular compatível com essa tecnologia. Em julho de 2022, a Anatel listava cerca de 60 modelos homologados (confira aqui a lista). Há aparelhos partindo de R$ 1,3 mil. Com o tempo, a tendência é que todos incorporem a compatibilidade, assim como aconteceu com o 4G.
Quinta geração de internet móvel promete conexão com velocidade ultrarrápida e avanços de tecnologias como carros que dirigem sozinhos e cirurgias remotas.
O prazo inicial para implantação do 5G em todas as capitais era até 31 de julho, mas dificuldades logísticas fizeram com que a data-limite fosse adiada. Para os municípios que não são capitais e que têm mais de 500 mil habitantes, caso de cidades como Contagem, Juiz de Fora e Uberlândia, a previsão para início é 1º de janeiro de 2023.
Ao g1, a Anatel disse que esse prazo se refere à liberação para uso na faixa de 3,5 GHz. O início do uso pode ser antecipado, “caso sejam atendidas as condições necessárias”.
Entretanto, para as demais cidades, existem datas diferentes para o cumprimento de metas estabelecidas no edital do leilão do 5G. Isso diz respeito à ativação de Estações Rádio Base (ERBs).
A Anatel disponibiliza um site em que reúne informações sobre o cumprimento dessas metas para a chegada do 5G. Confira, abaixo, o prazo máximo para que o 5G chegue a parte das dez cidades mais populosas de
Por que esse prazo?
Para todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes, o prazo de implantação ainda é julho de 2029.
Diferentes prazos foram estabelecidos porque existe uma série de requisitos mínimos a serem cumpridos, dependendo da população. Até setembro, é preciso ter uma estação rádio base (ERB) a cada 100 mil habitantes, no mínimo.
Para as cidades com mais de 30 mil pessoas, o cronograma da Anatel é o seguinte:
- 29 de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 100 mil habitantes;
- 31 de julho de 2023: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes;
- 31 de julho de 2024: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes;
- 31 de julho de 2025: capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes;
- 31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
- 31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
- 31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
- 31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes.
Nos municípios com até 30 mil habitantes, a agência determina a instalação de até cinco estações rádio base, conforme o tamanho da população. Veja o cronograma para estas cidades:
- 31 de dezembro de 2026: 30% dos municípios com até 30 mil habitantes;
- 31 de dezembro de 2027: 60% dos municípios com até 30 mil habitantes;
- 31 de dezembro de 2028: 90% dos municípios com até 30 mil habitantes;
- 31 de dezembro de 2029: 100% dos municípios com até 30 mil habitantes.
Para que serve o 5G?
A média da velocidade 4G no Brasil entre as quatro maiores operadoras é de 17,1 Mbps (megabits por segundo), de acordo com um relatório da consultoria OpenSignal de maio de 2021. O 5G, por sua vez, pode chegar à velocidade entre 1 e 10 Gbps – uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G.
Nem sempre o 5G vai atingir as velocidades absolutas, mas a melhora pode ser significativa. Essas melhorias de velocidade, tempo de resposta e confiança na rede prometem abrir um leque de aplicações, segundo especialistas.
Tecnologias como os carros autônomos e a telemedicina devem avançar com o 5G, bem como a chamada “indústria 4.0” com toda a linha de produção automatizada. Cirurgias feitas remotamente, por exemplo, serão mais confiáveis quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo.