Por: Antônio Célio
Os trabalhadores da enfermagem do Hospital Dr. Gil Alves, de Postos e de Unidades Básicas de Saúde (UBS), de Bocaiuva (MG), realizaram na manhã, desta quarta-feira (21), um ato de protesto contra a decisão do STF – Supremo Tribunal Federal -, de suspender o Piso Salarial Nacional da categoria.
O protesto teve início na Sede do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiboc), na Rua Francisco de Assis Freire, e seguiu até a Praça Wan-Dyck Dumont, centro da cidade.
A enfermeira Helenice Sobieski , que trabalha numa UBS de Bocaiuva, disse ao repórter Paulo Brandão, da Clube 91,5 FM, que “…a decisão unilateral do Ministro do STF, Roberto Barroso (a votação foi de 5 a 3), em suspender o Piso Salarial Nacional da Enfermagem, prejudicou muitos servidores numa profissão que agrega valores no cuidado à vida (das pessoas)”.
No apoio à categoria, o presidente do Sindiboc, Filogônio Cardoso Neto, “Netinho”, ressaltou que todos devem apoiar esta mobilização, porque sem servidores, como os enfermeiros, a saúde não anda.”
A categoria manteve o percentual mínimo exigido por lei em funcionamento para não prejudicar o atendimento público, que é de 30% do efetivo.
Apesar da justa manifestação, a informação é de que poucos enfermeiros participaram, em Bocaiuva, que foi convocada pelo Fórum Nacional da Enfermagem (FNE) para todo o país.
Além dos servidores federais e municipais da área, o benefício também atenderia os funcionários de hospitais particulares.
O reajuste foi proposto na Lei 14.434 de agosto de 2022, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo governo federal, mas, indeferida pelo STF, através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) impetrada pela Associação Nacional dos Hospitais Particulares e Filantrópicos (ANHPPF).
A justificativa da associação é que “a medida impacta R$11,9 bilhões para o setor privado”.