Oito anos depois, motorista que atropelou e matou estudante em Uberlândia vai a júri popular

Fonte: G1 Triângulo

Vai a júri popular nesta quinta-feira (16) o motorista acusado de atropelar e matar a estudante Alaine Rodrigues da Silva Damacena, de 18 anos, em Uberlândia. O caso ocorreu em maio de 2015, quando o suspeito teria fugido sem prestar socorro.

Caso ocorreu em maio de 2015. Alaine Damacena, de 18 anos, morreu após ser atingida pelo carro, que seguia na contramão na BR-365.

O julgamento começa às 13h30, no Fórum de Uberlândia, e foi marcado após denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Desde o ocorrido, o motorista está em liberdade, porque, na época, a Justiça indeferiu dois pedidos de prisão preventiva feitos pela Polícia Civil.

Jovem voltava para casa

O acidente ocorreu no dia 31 de maio de 2015, quando a estudante voltava para casa. Na altura do km 613 da BR-365, no perímetro urbano de Uberlândia, um veículo entrou na contramão da rodovia e bateu de frente com a motocicleta de Alaine. O homem de 51 anos abandonou o carro e fugiu do local sem prestar socorro à vítima.

A jovem foi socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Na época, o tio da jovem, Silvano Tomaz Silva, foi até o local do acidente e encontrou no carro abandonado e documentos do motorista.

“Na manhã seguinte fui até lá e gravei a conversa. Ele [o motorista] admitiu que tinha passado a noite inteira no pagode bebendo e que não lembrava se ele estava indo sentido Alvorada ou se estava indo para o Centro. Mas confessou que se envolveu em um acidente, embora não sabia onde ou em quem tinha batido”, disse Silva.

Bastante estudiosa, Alaine tinha acabado de passar para a faculdade de Direito por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e dizia para a família que seria delegada.

“Ela era o orgulho da família, uma menina incrível. Não bebia, não fumava, só estudava porque dizia que ia provar para mim, que filho de pobre passa, sim, na faculdade. Falava que se formaria e trabalharia para ver justiça na sociedade. Mas hoje, ela é mais uma vítima de injustiça”, lamentou, em 2016, a mãe de Alaine em entrevista ao g1.

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