Toque de Letra
Por Antônio Célio
Quando a oportunidade surge, em tudo na vida, deve-se aproveitar. Às vezes, ela é única. Em se falando de futebol, ainda mais, já que a cobrança nos clubes é enorme e imediatista.
Nesta última rodada do certame mineiro, a juventude tem aproveitado a chance, principalmente, os do Cruzeiro, clube pelo qual, a crise financeira forçou a utilização de muitos jovens da base.
O meia Maurício voltou a fazer uma boa partida, com gol e assistências na virada sobre o Tupinanbás, por 4 a 2. Tem mostrado versatilidade, com uma qualidade técnica incomum.
No Atlético, apesar do tropeço do time no empate em 1 a 1 com a Tombense, no Horto, uma coisa boa aconteceu. O gol assinado por Marquinhos, um lindo arremate de fora da área no ângulo superior direito, sem qualquer reação do goleiro.
As contratações caríssimas, em alguns casos, em jogadores que não respondem as expectativas, acabam tirando a chance de muitos jovens das categorias básicas. Contratar por contratar, é melhor aproveitar a prata da casa, desde, no entanto, que tenham potencial.
Nos grandes times, a dupla raposa-galo apresentou muitos caras das categorias de base. O Atlético que, mesmo sem um esquadrão com conquistas importantes, se destacou no cenário nacional com um timaço, nos idos de 1980, formado por maioria dos juvenis.
Naquela equipe que disputou a final do campeonato brasileiro com o Flamengo (o Galo perdeu o título para os cariocas), um celeiro de crias do clube: João Leite, Alves, Toninho Cerezzo, Reinaldo Lima, dentre outros. Só faltou mesmo um titulo importante para aquela esquadra.
O Cruzeiro campeão da Copa Brasil de 1965, possuía craques surgidos no próprio clube, como: Dirceu Lopes, Piaza, Natal, Zé Carlos e Hilton Oliveira.
Surgir novos Dirceu e Cerezzo, é querer muito. Mas, bons valores podem garantir conquistas técnicas para os clubes, e, retorno financeiro. Basta apostar nos meninos. No entanto, é preciso fazer uma boa base, com ensinamentos e aprimoramentos táticos e técnicos.
Até a próxima!