Fonte: Clube 91,5 FM
Nesta quinta-feira (12), o Sindicato Único dos Trabalhadores me Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realiza uma Assembleia Estadual, às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. A atividade contará com a presença de milhares de educadores e educadoras, oriundos de várias partes do estado, inclusive com uma caravana de Bocaiuva.
Na ocasião, os servidores da educação vão votar o calendário de lutas do próximo período e os passos a serem seguidos pelo movimento grevista.
A greve da categoria completou ontem (11) um mês. Os servidores da rede de ensino estadual reivindicam ao governador do Estado a sanção do Projeto de Lei 1.451/2020 e da Emenda 2/2020, que garantem isonomia salarial a todo funcionalismo público e o Piso Salarial Profissional Nacional à Educação.
Além disso, na pauta do movimento está a defesa do emprego, do direito a uma educação pública de qualidade social, o fim de parcelamento de salários, a realização de mais concursos públicos, bem como a publicação de mais nomeações do edital vigente de 2017.
O presidente da Sub-sede do Sind-Ute, de Bocaiuva, Fernando Veloso, disse a reportagem da Clube 91,5 FM que movimento tem crescido em todo o estado, subindo de 59% para 69%, nesta semana.
Em Bocaiuva, de acordo com o representante sindical, quatro das oito escolas estaduais, estão com atividades paralisadas, ou seja 50% do total. São elas, escolas Gastão Valle, Odilon Loures, Zinha Meira e Américo Caldeira Brant.
Em toda sub-sede, de acordo com Fernando, a adesão é de 70%, sendo que de 20 instituições, seis aderiram ao movimento.
Ontem(11), aconteceu uma audiência na Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, de Minas Gerais, (ALMG), na qual foram avaliadas as propostas do governo para os servidores da educação. A comissão é presidida pela deputada estadual, Beatriz Cerqueira, ex-presidente do Sind-Ute de Minas Gerais.
A audiência pública teve por finalidade cobrar do Governo do Estado a sanção da emenda que garante ao conjunto do funcionalismo público de Minas Gerais a recomposição das perdas inflacionárias aprovado no legislativo.
Professores enviam mensagens de reforço à luta pelos direitos da categoria
Os servidores da rede de ensino estadual seguem a paralisação e a labuta por melhorias para a classe e pelo sistema educacional em Minas. A avaliação é compartilhada por meio de mensagens.
O presidente da Sub-sede do Sind-Ute de Bocaiuva (MG), Fernando Veloso, por exemplo, disse em entrevista a reportagem da Clube 91,5 FM que “uma conquista para a classe de professores servirá para todos os servidores da educação, por isso, de acordo com ele, é importante a união da categoria, neste momento de luta.”
O representante sindical frisou que a manifestação é uma forma de pressionar o governador que têm até o dia 17 para assinar ou não tanto a emenda como o projeto original que concede o reajuste, como compensão as perdas inflacionárias ao funcionalismo.
O professor de Belo Horizonte, Ezequiel Dias da Silva, expôs uma mensagem em prol ao movimento. Veja na íntegra, a sua exposição:
“Pensando aqui com meus botões: o que leva um Professor, ir trabalhar, normalmente, como se nada estivesse acontecendo? Enquanto o que está em jogo é seu emprego e sua carreira? Que ser congelada por cerca de 6 anos? Terá um aumento em sua contribuição previdência de 11% para 14% até 22%? Ja pensou? Ainda sem receber o seu 13° salário. Sem previsão de pagamento! E ainda sem receber cerca de 17% de aumento, referente ao piso salarial profissional nacional? Sinceramente, com que moral vai falar para seus alunos: vocês são o futuro dessa nação!!! Mas qual futuro? Se você mesmo, que os falam, não se move, não sai de sua zona de conforto? Sinceramente… Me desculpa o desabafo, mas infelizmente, estamos lutando por você! E vocês colherão os frutos dos benefícios ou malefícios! Desculpe me sociedade! Mas tiver que falar! Mesmo com alguns dentro das escolas, com seus diversos motivos e justificativa, continuaremos, nós, uns muitos, nas ruas, nas praças, nos becos, nas vielas, nas estrada correndo riscos, nas cidades grandes e pequenas, nas zonas rurais, nos mais diversos lugares, para defender nosso direito e o seu direito de uma Educação de qualidade, respeito, e cada vez melhor!”.