Fonte: Noticia ao Minuto
O presidente Jair Bolsonaro compartilhou nesta quarta-feira, 15, nas redes sociais, vídeo com ataques a medidas de isolamento social adotadas no combate à pandemia da covid-19. Bolsonaro destacou o título do vídeo “Os sócios da paralisia”, publicado originalmente pelo jornalista Guilherme Fiuza, em que é apresentada uma série de críticas ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
No vídeo, Fiuza cita um “show mórbido” e destaca que não existem “mapas” comprovando o efeito mitigador do distanciamento social na prevenção ao novo coronavírus. “Você está em casa assistindo o governador de São Paulo assumir a paternidade da cloroquina, o ministro da Saúde explicar que traficante também é gente, jornais estrangeiros publicar fotos de covas abertas para dizer que o Brasil não tem mais onde enterrar seus mortos, entre outras referências intrigantes e estridentes sobre o assunto. Se você está paralisado e catatônico é porque já sabe que isso é um show mórbido”, afirma Fiuza no início do vídeo.
Jair M. Bolsonaro✔@jairbolsonaro
– Os Sócios da Paralisia.
– @GFiuza_Oficial. https://youtu.be/hE9FnYFhnhI YouTube at 🏠 @YouTube18,5 mil09:39 – 15 de abr de 2020Informações e privacidade no Twitter Ads6.797 pessoas estão falando sobre isso
A referência a Mandetta é uma declaração do ministro, na semana passada, de que para proteger a população que vive em favelas dominadas por criminosas será preciso dialogar. “Como se entra no morro em guerra para retirar uma senhora com sintomas? Saúde não é polícia”, disse Mandetta ao Estado na semana passada.
A referência a Mandetta é uma declaração do ministro, na semana passada, de que para proteger a população que vive em favelas dominadas por criminosas será preciso dialogar
No vídeo compartilhado por Bolsonaro, o jornalista cita ainda os impactos econômicos do isolamento, com o fechamento de pequenas empresas e previsão de queda 4% no Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil.
Impasse
As recomendações de isolamento são o principal impasse entre Bolsonaro e Mandetta, que está com o cargo ameaçado desde a semana passada. O presidente defende a retomada da atividades econômicas acompanhada de um isolamento seletivo, voltado apenas para grupos de risco.