O PSOL entrou na manhã desta terça-feira, 15, com novo pedido de impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). O documento tem como foco o suposto QG da Propina na Prefeitura carioca. Na semana passada, Crivella foi alvo de busca e apreensão no âmbito da investigação. Segundo a desembargadora que autorizou a operação, ele seria quase um “subordinado” do homem apontado como operador do esquema, o empresário Rafael Alves.
O pedido foi entregue pelos vereadores da legenda ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe (DEM). Segundo o partido, Crivella desviou verbas públicas ao supostamente participar do esquema e cometeu improbidade administrativa e crime de responsabilidade. As investigações mostram que o prefeito trocou quase 2 mil mensagens com Rafael Alves, que não tinha cargo na gestão. O empresário atuaria para facilitar contratos de empresas por meio do pagamento de propina e teria forte influência sobre o mandatário. Ambos negam as acusações.
O pedido foi entregue pelos vereadores da legenda ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe (DEM)
Quando Rafael Alves foi alvo de buscas pela primeira vez, em março deste ano, Crivella ligou para ele sem saber que a operação já estava em curso. Quem atendeu o telefone – que havia sido escondido sob uma pilha de roupas – foi o delegado que cumpria o mandado.
Às vésperas da eleição, Crivella conseguiu barrar um outro pedido de impeachment, que tinha como escopo o escândalo conhecido como “Guardiões”, revelado pela TV Globo. Servidores do município eram pagos para fazer plantões na porta de hospitais e impedir que a população denunciasse as más condições da Saúde em entrevistas para emissoras de televisão.
O prefeito tentará a reeleição em novembro, mesmo impopular e às voltas com os dois escândalos. A pré-campanha definiu ontem quem será a vice da chapa: a tenente-coronel Andréa Firmo.