Mulher pula de carro em movimento para fugir da tortura de policial reformado em MG; agressor foi preso

Fonte: G1 Grande Minas

Um policial militar reformado, de 41 anos, foi preso na noite deste sábado (21), em Montes Claros (MG), suspeito de torturar física e psicologicamente a companheira, de 37 anos.

O crime aconteceu após o homem buscar a mulher no trabalho dela, na área urbana, e levá-la até um matagal em Cabeceiras, na zona rural da cidade.

“Ele começou a agredi-la no próprio veículo, socando a cabeça dela na janela. No matagal, de forma grave, ele obrigou a vítima a colocar cacos de vidro na boca e cortou a roupa e as solas dos pés dela com objeto cerâmico. Ele pisou no corpo dela, deu murros, socos, puxões de cabelo, até um osso de boi foi usado para causar violência”, conta a delegada Áurea Alessandra de Freitas.

Após torturar a vítima por cerca de uma hora, o homem retornou com a mulher para a área urbana de Montes Claros. Quando eles passavam pela avenida João XXIII, em frente ao Hospital Aroldo Tourinho, ela conseguiu abrir a porta do carro e sair correndo.

Vítima conseguiu entrar em um hospital após deixar o veículo. Laudos iniciais mostram que a mulher sofreu lesões graves, cruéis e compatíveis com crime de tortura.

“A vítima conseguiu se jogar do veículo e entrar correndo no hospital para pedir ajudar. Ela foi atendida pelos médicos do lugar, que acionaram a Polícia Militar. Se ela não tivesse conseguido fugir dele, provavelmente não sobreviveria”, afirma a delegada.

Os laudos iniciais do Instituto Médico Legal mostram lesões graves, cruéis e compatíveis com o crime de tortura.

A delegada afirma que a companheira do policial foi submetida a um intenso sofrimento físico e mental, tanto que não suportou fazer todos os exames e desfaleceu, por isso o médico legista a encaminhou para a Santa Casa de Montes Claros para receber atendimento. A assessoria de imprensa do hospital diz que a paciente encontra-se estável, medicada e realizando exames.

“Ela já era vítima de violência desde 2012, conforme o próprio relato dela para os militares que a atenderam. Eles viviam em união estável há um tempo significativo e nesse período algumas queixas dessa natureza foram registradas”, detalha.

O homem foi preso na casa da mãe dele e encaminhado para a Delegacia de Plantão. Ele foi ouvido e levado para o Batalhão da Polícia Militar, uma vez que a prisão dele se desenvolve de modo diferente por causa da profissão. A motivação do crime seria passional. Os crimes de lesão corporal e tortura podem alcançar até 11 anos de prisão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *