A Polícia Militar prendeu o homem suspeito de matar a esposa e o suposto amante dela, em Claro dos Poções (MG). O crime aconteceu nessa sexta-feira (28) e a prisão, neste domingo (30).
“Após cerca de 30 horas de buscas, com envolvimento inclusive do helicóptero Pegasus, conseguimos prender o autor do crime, em uma estrada vicinal, na comunidade Santo Antônio, zona rural da cidade. Ele admitiu ter agido por motivos passionais e comentou ter planejado a ação, após constatar relação extraconjugal da esposa. Também afirmou estar arrependido e chegou até a chorar”, explicou o sargento Jazio Pereira dos Santos.
Segundo a Polícia Militar, ele estava em uma estrada vicinal na comunidade Santo Antônio.
O homem não detalhou aos policiais se pretendia se esconder em outros locais e se recebeu ajuda de terceiros. “Ele foi trazido para a delegacia de plantão, em Montes Claros, para ser ouvido e, ratificado o flagrante, ser encaminhado ao sistema prisional”, disse.
Relembre o caso
Jéssica Mayane Lopes dos Reis, de 30 anos, e Reinaldo Medeiros de Moura, de 36, foram mortos a facadas, em Claro dos Poções (MG). Segundo a Polícia Militar, a filha do casal, de sete anos, presenciou o duplo assassinato.
“Conforme relato das testemunhas, a principal motivação do crime foi passional. O autor, após descobrir que sua companheira mantinha relacionamento extraconjugal com outro indivíduo, veio a vitimá-la com diversos golpes de faca e, logo em seguida, vitimou também o indivíduo que mantinha esse relacionamento extraconjugal com a sua companheira”, falou o sargento Jazio.
As apurações da PM indicam que Jéssica foi morta primeiro e a criança pediu socorro ao ver o que estava acontecendo. Ela está devidamente amparada por parentes, conforme pontuou o militar. Testemunhas disseram aos policiais que o autor do crime não estava morando em Claro dos Poções e trabalhava em Belo Horizonte, tendo se deslocado para a cidade com intuito de terminar com a vida das duas vítimas.
Em entrevista, José Antônio Barbosa, tio de Jéssica, lamentou o ocorrido. “Jéssica era uma pessoa tranquila, batalhadora, trabalhava em uma padaria e cuidava da menina. Embora não justifique um crime tão bárbaro como esse, eu creio que houve algo que veio a gerar esse conflito familiar, até que chegou nessa questão de vitimá-la. Segundo boatos, estava acontecendo um relacionamento extra, com certeza ele não aceitou e cometeu esse homicídio”, disse.