Foto: Policia Federal/Divulgação
Fonte: Clube91.5FM
Nesta quinta-feira (14) de Agosto, a Polícia Federal iniciou a Operação Dolomita, executando mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e suspensão dos sigilos bancário, fiscal e telemático. Esta operação faz parte de uma investigação sobre possíveis fraudes em licitações e desvio de recursos públicos no município de Padre Carvalho, localizado no norte de Minas Gerais.
As investigações, iniciadas em 2024 após uma denúncia anônima à Polícia Federal, revelaram indícios de irregularidades nos processos de licitação destinados à recuperação de estradas vicinais.

Foto: Policia Federal/Divulgação
Esses projetos foram financiados com recursos públicos no valor total de R$ 606 mil, dos quais R$ 573 mil vieram de repasses federais. A principal beneficiária dessas verbas foi uma empresa do setor da engenharia.
Na época dos acontecimentos, um dos sócios exercia a função de secretário executivo em uma associação, o que poderia indicar relação de confiança e possível favorecimento na contratação.
Investigações da Polícia Federal revelaram que a empresa não possui uma sede física real, tem apenas um funcionário registrado e não dispõe de veículos, máquinas ou equipamentos necessários para realizar obras de engenharia.
Além disso, foi constatado que houve mudanças no objeto social da empresa para incluir atividades relacionadas a obras públicas, aparentemente em conformidade com exigências dos editais.

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Residentes que preferiram não se identificar informaram que equipamentos e servidores municipais teriam sido empregados na realização das obras contratadas, aumentando as suspeitas de desvio de recursos.
Devido à gravidade dos acontecimentos e ao risco de ocultação de provas e dilapidação do patrimônio, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região autorizou buscas e apreensões, além das quebras dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.
- Também foi autorizado o bloqueio de bens e valores até o limite de R$ 605.500.
A operação realizada nesta quinta-feira executou mandados de busca em dois locais na cidade de Montes Claros, dois em São João da Lagoa e um no município de Padre Carvalho. Durante a ação, foram confiscados dispositivos eletrônicos, documentos, veículos, dinheiro em espécie, uma arma e munições.
Os envolvidos podem enfrentar acusações com base no Código Penal e no Decreto-Lei 201/1967, que trata de crimes de responsabilidade cometidos por prefeitos. As suspeitas incluem fraude em licitações e desvio de recursos públicos, cujas penas combinadas podem exceder 18 anos de prisão.




