ANA relata a Barragem da Caatinga como de alto risco

Fonte: Clube 91,5 FM

Relatório, divulgado nesta semana pela Agência Nacional das Águas (ANA), classifica a Represa da Caatinga, no Assentamento Betinho, distrito de Engenheiro Dolabela, em Bocaiuva (MG), como uma das 68 estruturas aquáticas em situação crítica no País. Trata-se do Relatório de Segurança de Barragens (RSB) de 2018.

Em Minas, além da Caatinga, figuram ainda na lista as barragens Mina Engenho I e II, em Rio Acima, na Grande BH, e Mello, em Rio Preto, na Zona da Mata.

De acordo com o relatório, 68% das represas do país submetidas à Política Nacional de Segurança de Barragens apresentam Dano Potencial Associado (DPA) Alto e 23% se encaixam na Categoria de Risco (CR) Alto.

O levantamento realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) apontou como principais problemas na represa de Caatinga a erosão, a vegetação de porte arbustivo e arbóreo.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – responsável pela barragem –, mantém a comporta aberta para evitar enchentes no período chuvoso.

 O órgão informou que contratou serviços técnicos para diagnosticar a situação da barragem da Caatinga, atendendo uma determinação da Justiça, expedida em abril deste ano, e que exige do Incra intervenções necessárias na referida estrutura.

A Barragem está sendo esvaziada pelo Incra sob a alegação de risco de rompimento

Em busca de uma solução

No último dia 2, representantes do Incra, da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, do Comitê de Bacia Hidrográfica do Jequitaí-Pacuí e São Francisco e dos municípios atingidos pelo esvaziamento da Barragem da Caatinga, se reuniram em Belo Horizonte (MG) em busca de uma solução para a questão.

A reunião foi com o subsecretário estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, Amarildo Kalil e o diretor do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Thiago Galapo.

Representando o município de Bocaiuva, esteve o vice-prefeito José Maria Torres (Zé Marião), acompanhado dos prefeitos de Francisco Dumont, Eduardo Rabelo, e de Engenheiro Navarro, João Geraldo Dias (Gê da Saúde), e da representante do Comitê da Bacia do Jequitaí-Pacuí, a bocaiuvense Sirléia Oliveira.

Entre as proposições do encontro, a criação de um consórcio intermunicipal entre os municípios afligidos para assumir e explorar a barragem. Neste caso, seria reformada toda estrutura da represa com aplicação de recursos federais.

Outro acordo celebrado foi a garantia do IEF – Instituto Estadual de Florestas -, em assumir as ações de reflorestar toda a área do entorno da barragem e do Rio Jequitaí.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *