FOTO: o coordenador do NEZ de Bocaiuva, Fabrício Gonçalves, em entrevista ao repórter Antônio Célio
Repórter Antônio Célio
Duas cidades importantes do Norte de Minas, pela economia e desenvolvimento na região, Bocaiuva e Montes Claros, não estão se ligando como deviam na questão da saúde; com expansão de casos de dengue, justamente pelo deszelo da suas próprias populações.
Em Bocaiuva, levantamento semanário, concluído nos último dias de janeiro, mostra um índice de 5.1%, ante o anterior de 3.8%, realizado em outubro de 2.023, segundo informou a reportagem da Clube 91,5 FM, o coordenador municipal do Núcleo de Endemias e Zoonoses (NEZ), Fabrício Gonçalves.
O resultado, de acordo com Fabrício, é expressivo e aponta alto risco de dengue. Foram pesquisados 1.000 domicílios, sendo que a infestação de larvas do Aedes aegytpi foi encontrada dentro de casa em 80% dos imóveis habitados.
São lotes com matos e quintais com recipientes a céu aberto para proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor desta endemia, e também vetor da chikungunuya e zica virus.
Montes Claros em alto risco de dengue
Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), em Montes Claros (MG), aponta que depósitos móveis, como vasos com plantas aquáticas e outros similares, correspondem a 47,6% dos criadouros do mosquito da dengue.
A pesquisa foi feita entre os dias 15 e 24 de janeiro, e detectou um índice de infestação predial de 5,96%, onde 8,3% dos imóveis visitados apresentavam focos. Esses números colocam Montes Claros com alto risco de infestação do Aedes.
Vídeos divulgados em redes sociais mostram residências e estabelecimentos educacionais, com água acumulada em lages, em Montes Claros, pontos cruciais para expansão do mosquito da dengue.
VACINA DO BUTANTAN APRESENTA EFICÁCIA CONTRA DENGUE
A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan para combater a dengue teve eficácia comprovada em 79,6% das pessoas que receberam a dose única. A informação foi repassada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio de uma publicação de uma revista inglesa sobre ciências médicas.
O imunizante apresentou alta eficácia para pessoas entre 2 e 59 anos, tenham sido ou não infectadas anteriormente. O registro da vacina contra dengue, no entanto, deve ser pedido na Anvisa no segundo semestre deste ano.