Uma ação da Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) prendeu duas pessoas e cumpriu mandados de busca e apreensão em dez cidades de Minas Gerais durante a operação ‘Bad Vibes’, de combate à exploração sexual infantojuvenil na internet.
A operação aconteceu na quarta-feira (6) e foi divulgada nesta quinta (7).
Conforme a Polícia Civil, os dois presos – um homem de 45 anos em João Pinheiro e outro de 51 em Montes Claros – são suspeitos de armazenamento de material pornográfico infantojuvenil.
Outros 15 mandados de busca e apreensão foram realizados durante a 2ª fase da operação ‘Bad Vibes’, que contou com informações prestadas pela Embaixada dos Estados Unidos.
Além disso, o balanço aponta outros 15 mandados de busca e apreensão em Araxá, Belo Horizonte, Congonhas, Cuparaque, Ipatinga, João Pinheiro, Lagoa Santa, Montes Claros, Pirapora e Juiz de Fora.
A polícia não detalhou onde aconteceram as buscas em Juiz de Fora e nem quais os materiais apreendidos.
Nos endereços vinculados aos investigados presos, foram apreendidos seis celulares e computadores.
Venda internacional de conteúdos
Conforme o chefe do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, Adriano Assunção Moreira, os alvos “são pessoas que armazenam, compartilham e até fazem a venda internacional de conteúdos de exploração sexual”.
Segundo a chefe da Divisão Especializada, Cristiana Angelini, o material será periciado pelo Laboratório de Crime Cibernético da PCMG.
“Vamos fazer a análise e a extração desses objetos para verificar e materializar todo o conteúdo encontrado nos aparelhos. Pode-se dizer que, com um desses alvos, foi encontrada grande quantidade e há indícios de que ele comercializa internacionalmente esse material”, informou.
A operação foi coordenada pela Divisão Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos e Defesa do Consumidor da PCMG, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (DIOPI/SENASP) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Bad Vibes
A ação realizada na quarta-feira (6) é um desdobramento da primeira fase da operação, ocorrida no dia 10 de outubro, que resultou no cumprimento de 47 mandados de busca e apreensão e 22 prisões em flagrante, em 13 estados.
Conforme explica a delegada Cristiane Angelini, a operação teve como ponto de partida informações prestadas pela agência da Homeland Security Investigations (HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, com base em apurações feitas anteriormente na África do Sul, em Pretória.
“As investigações se iniciaram lá com um grupo internacional que estaria usando um aplicativo e comercializando e compartilhando imagens de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes”, pontua.
“As investigações prosseguem para conseguirmos levantar mais alvos e, inclusive, podendo até identificar vítimas”, finaliza Angelini.