Condições das lavouras de milho e trigo do Paraná pioram mais após geadas

As condições das lavouras de milho e trigo do Paraná pioraram após as geadas da semana passada, de acordo com dados de Departamento de Economia Rural (Deral), divulgados nesta terça-feira.

A safra de trigo, que teve um bom início no Estado que é o principal produtor do cereal do país, vem se degradando em meio a impacto das geadas. Já o milho, também atingido pelo frio intenso, havia sido também afetado pela seca.

trigo-campo-cultura-de-inverno-cereal (Foto: Rafale Tovar/CCommons)
Foto: Rafale Tovar – trigo

Agora 64% das lavouras de trigo estão em boas condições, versus 90% na semana anterior. E 8% das áreas ficaram em situação ruim, ante somente 2% na semana passada.PUBLICIDADE

Milho já havia sido atingido por seca enquanto o trigo, que teve bom início de safra, vem sofrendo perdas com o clima mais frio

Cerca de 28% das lavouras do Paraná estavam em fases suscetíveis a perdas na semana passada, quando as geadas voltaram a ser intensas no Estado.

“Dá para dizer que todas em fase suscetível foram afetadas pela geada”, afirmou Carlos Hugo Godinho, especialista em trigo do Deral.

Ele afirmou que a safra, estimada pelo departamento em um recorde de 3,9 milhões de toneladas antes das geadas, deverá ser reduzida, mas evitou fazer uma projeção.

Geadas podem ter causado danos em 27% da área de trigo no Paraná e em 2% no Rio Grande do Sul

“A região oeste está concentrando as lavouras ruins, e a norte está concentrando as lavouras em situação média. Na região sul, tem lavouras boas, o que restou no Estado de boas lavouras”, declarou.

Agora apenas 6% do milho segunda safra está em boa condição, versus 9% na semana anterior. Já as plantações em situação ruim somam 53%, ante 52% na mesma comparação.

Na semana passada, o Deral reduziu a segunda safra de milho do Paraná para 6,1 milhões de toneladas, indicando uma quebra significativa diante dos efeitos das geadas.

O Estado é o segundo produtor de milho do Brasil, e a quebra está ajudando a fortalecer os preços, além de impulsionar importações.

Na comparação com o potencial, os prejuízos para o milho são os maiores da história. Segundo o Deral, a perda nesta safra é avaliada em 8,5 milhões de toneladas.

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