Conselheiro afastado do TCE-MT desiste de pedido de aposentadoria e tenta retornar ao cargo

Fonte: G1 Mato Grosso

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Waldir Teis, desistiu do pedido de aposentadoria e quer retornar às atividades do órgão. O requerimento foi protocolado no dia 3 de outubro. Ele está fora das funções desde 2017 por decisão judicial, e é investigado por suspeita de crimes de corrupção.

Em fevereiro deste ano, uma decisão do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Teis fosse reconduzido ao cargo. Porém, há uma medida cautelar na mesma instância que impede que o conselheiro frequente as instalações do Tribunal de Contas, por isso ele segue impedido de exercer as funções, informou a defesa dele.

Waldir Teis foi afastado por decisão judicial após ter sido citado em delação do ex-governador Silval Barbosa (MDB). Ele é suspeito de crimes de corrupção.

Teis entrou com pedido para se aposentar em dezembro de 2020. No mesmo mês, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) enviou ofício ao presidente do TCE-MT, Guilherme Maluf, pedindo que a aposentadoria não fosse concedida. O conselheiro afastado já tem 33 anos de serviços prestados, o que o deixa apto a se aposentar.

Afastamento e prisão

Teis e os conselheiros Valter Albano, Antônio Joaquim, José Carlos Novelli e Sérgio Ricardo de Almeida foram afastados dos cargos por determinação do STF após delação do ex-governador Silval Barbosa (MDB) na qual ele diz ter pago R$ 53 milhões para que aprovassem as contas da então gestão estadual e que não apresentassem obstáculos ao andamento de projetos e obras, especialmente às voltadas à Copa do Mundo de 2014.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a organização criminosa atuou durante 2006 e 2014 no alto escalão do governo de Mato Grosso.

Dos cinco conselheiros em questão, Albano, Antonio Joaquim e Novelli já conseguiram retornar ao cargo.

Além disso, Teis chegou a ser preso no ano passado por tentar impedir o trabalho da Polícia Federal durante a 16ª fase da Operação Ararath no escritório dele. Câmeras de segurança mostram o conselheiro descendo 16 andares de escada para se livrar de quase R$ 500 mil em cheques durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no escritório dele, em Cuiabá.

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