A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de um corretor de imóveis em Iturama, nesta quarta-feira (13), como parte da Operação “Pesadelo”.
O profissional, que não teve o nome divulgado, é investigado por fazer parte de um esquema de fraudes relacionadas a imóveis do acervo patrimonial da Caixa Econômica Federal.
Consta na investigação que ele tinha função de cooptar vítimas para as fraudes, se beneficiando de parte dos valores obtidos indevidamente.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em mais uma etapa da Operação “Pesadelo”, desencadeada pela polícia. Justiça Federal ordenou o bloqueio de valores das contas do investigado.
A investigação é relacionada a um imóvel localizado em Vila Velha, no Espírito Santo. Nas outras etapas da operação, em 2020, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Aparecida de Goiânia, Goiás. Depois, durante desdobramentos, um suspeito de participar do esquema foi preso na Grande Vitória.
Busca e apreensão
Segundo a PF, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos por quatro policiais, onde foram apreendidos smartphones. Além disso, a Justiça Federal ordenou o bloqueio de valores das contas do investigado com objetivo de recuperar o proveito das fraudes.
Entenda o caso
A investigação começou depois que a Caixa Econômica Federal denunciou a invasão de um imóvel avaliado em R$ 2 milhões, que pertence ao acervo do banco, no município de Vila Velha (ES).
Foi aberto um inquérito policial e, ao ser questionado, o suspeito de invadir o imóvel alegou que tinha comprado a casa por R$ 550 mil em um acordo judicial com a Caixa. A venda teria sido intermediada por um advogado de Goiás e um corretor de imóveis.
Com o avanço das investigações, a polícia concluiu que o advogado e o corretor de imóveis simularam um acordo entre o invasor e a Caixa, falsificando a assinatura do representante da instituição bancária.
Na sequência, o advogado investigado protocolou o falso acordo em processo em trâmite na Justiça Federal e recebeu do invasor R$ 55 mil a título de entrada.
Em novembro, durante a operação, foram cumpridos mandados de buscas nos endereços do advogado, sendo apreendidos outros seis acordos falsos. Ele foi preso preventivamente em dezembro.
O advogado pode responder por estelionatos contra a Caixa, uso de documento falso e patrocínio infiel.
Já o corretor por estelionatos e uso de documento falso, previstos no Código Penal.