Toque de Letra
Por Antônio Célio
Em outros tempos, principalmente, na década de 70, recorrer a milagres para evitar resultados desastrosos, era encaminhar preces a “pais de santos”. Que o digam, os times baianos, com a crença em mandingas para ganhar campeonatos.
Ah, o saudoso “Pai Santana” (foto), massagista do Vasco, que, em 1974, utiliza de imagens nos vestiários em busca de proteção ao amado clube cruzmaltino, com muito sal grosso e velas.
Agremiação que, aliás, aplicou uma derrota ao Cruzeiro, na noite de ontem, por 1 a 0, e que aumentou o calvário do time mineiro na luta contra a queda para a segunda divisão do campeonato brasileiro.
E, em busca de um quase milagre, é o que precisa a Raposa para escapar do rebaixamento, após o revés para a equipe vascaína.
A derrota desta segunda-feira (2), no entanto, mostrou alguns sinais de evolução, embora pequena, do Cruzeiro, de Adilson Batista, em relação ao treinado por Abel Braga. Cito a organização tática, e a proteção das laterais, expostas nos jogos anteriores.
Mas, a finalização dos atacantes continua a mesma: inoperante, sem a devida pontaria rumo ao gol. Não acredito mais, em gols saindo dos pés de David, Pedro Rocha, Fred, Sasá, Marquinhos Gabriel. Não é simplesmente uma fase ruim, pois fases passam.
E o que ocorre com eles é falta de competência, já que a seca de gols ocorre durante quase toda a temporada. É imaginável um atacante passar 8 meses sem balançar as redes? Isso mesmo, oito meses que David não sabe empurrar a bola para o gol.
A defesa tem regulado, tem sofrido poucos tentos. Mas, com um ataque como esse, o torcedor cruzeirense tem mesmo que recorrer aos santos dos milagres.
Com terço entre os dedos, e a fé na cabeça segue a sina da “China Azul” contra o Grêmio, em Porto Alegre, nesta quinta-feira (5), e, o Palmeiras, no domingo (8), no Mineirão. Haja, reza!