Fonte: G1 Grande Minas
Uma imagem de São Miguel Arcanjo, furtada na década de 1990, foi devolvida à Igreja do Divino Espírito Santo, em São Romão (MG).
A devolução foi feita pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), nesta quinta-feira (12), ao bispo da Arquidiocese de Januária, Dom José Moreira da Silva. A peça sacra estava custodiada pelo Museu Mineiro desde que foi apreendida, em 2003 durante uma investigação da Polícia Federal.
Devolução foi feita nesta quinta-feira (12), ao bispo da Arquidiocese de Januária. Peça sacra estava custodiada pelo Museu Mineiro desde que foi apreendida, em 2003 durante uma investigação da Polícia Federal.
Segundo as informações do Ministério Público de Minas Gerais, a identificação da origem ocorreu por meio do trabalho feito pela Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC).
“Só assim, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) poderá garantir que a sociedade tenha de volta esses vestígios materiais de sua história, que estavam indevidamente nas mãos de particulares”, destacou a coordenadora das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural, Giselle Ribeiro de Oliveira, que participou da devolução.
Investigação sobre furto de imagens
De acordo com o MPMG, em 2003, a Polícia Federal encontrou a imagem em São Paulo. Na ocasião, várias peças foram apreendidas em decorrência de uma investigação que apurava o furto de peças sacras da Igreja Matriz de São Caetano, em Mariana. A denúncia foi feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ao Ministério Público Federal.
Após a apreensão, as imagens ficaram custodiadas no Museu Mineiro, sob responsabilidade do Iepha. Com o objetivo de identificar a origem e procedência dos bens apreendidos, a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais realizou a exposição “Patrimônio Recuperado”, em 2005.
Após a exposição, a CPPC foi procurada por uma pessoa que afirmava saber a procedência da imagem de São Miguel. Foram feitos levantamentos, com identificação de documentos históricos e testemunhas, que confirmaram que a peça pertencia à Igreja do Divino Espírito Santo, em São Romão. Após decisão da Justiça, a imagem foi devolvida à Arquidiocese de Januária.