Um homem foi detido por perseguir e ameaçar a ex-companheira em Unaí. O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (31).
Segundo as informações da delegada Liliam Rodrigues, ele possui histórico de violência doméstica contra três mulheres. O primeiro boletim contra o homem foi registrado por uma ex em 2018 e ele responde a cinco inquéritos.
Segundo as informações da delegada Liliam Rodrigues, ele possui histórico de violência doméstica contra três mulheres. O primeiro boletim contra o homem foi registrado por uma ex em 2018 e ele responde a cinco inquéritos.
Sobre a situação que gerou a prisão desta quinta, a chefe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Unaí explica que o casal ficou junto por três anos, mas ele não aceitava o término da relação. Ao ser detido, o homem negou os fatos.
“Em uma ocasião, ele chegou a passar 14 vezes perto da casa dela em uma única noite. Em junho, a vítima procurou pela delegacia e solicitou medida protetiva, que não foi suficiente para cessar essa agressão, ele continuava com as perseguições, incomodando e perturbando essa mulher.”
Stalking
Sobre essa perseguição sofrida pela vítima, a delegada afirma que essa é uma das características do crime de stalking.
“Das quatro últimas prisões que nós fizemos, três envolviam o crime de stalking que, embora seja relativamente novo no Código Penal, configura uma situação vivida diariamente por muitas mulheres há tempos. Esse crime é caracterizado pela restrição às capacidades da vítima, que é ameaçada, tem sua liberdade invadida e perturbada, causando-lhe grandes transtornos, combater esse tipo de situação é um dos focos principais do nosso trabalho.”
Agosto Lilás
Liliam Rodrigues, destaca que a prisão desta quinta fecha a operação “Agosto Lilás”, mês de conscientização sobre o fim da violência contra a mulher.
“Especialmente durante esse mês, nós montamos uma força-tarefa para fazermos frente à campanha, que é realizada em todo o país. Tivemos mais de 100 boletins de ocorrências registrados em Unaí e concluímos mais de 50 procedimentos. Queremos mostrar que existe uma rede proteção à mulher vítima de violência, que estamos aqui para protegê-las e acolhê-las.”
Embora a situação de violência faça com que muitas mulheres tenham medo de fazer denúncias ou procurar pela polícia, a delegada destaca que essas atitudes são importantes para punir os agressores e evitar que eles cheguem ao ponto de cometer feminicídios.