Um homem de 33 anos irá a júri popular depois de provocar um aborto na mulher após agredi-la com socos e um pedação de madeira. O crime aconteceu em dezembro de 2019 em Sobradinho, zona rural de Padre Paraíso.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, as agressões contra a vítima, de 32 anos, aconteciam por ciúmes. Ela mantinha um relacionamento com o agressor e estava grávida de nove meses de uma menina, a dois dias de dar à luz.
O crime aconteceu em dezembro de 2019. Autor está preso preventivamente há mais de um ano.
A mulher disse à polícia que, no dia do crime, o homem começou uma discussão por ter suspeitado de uma traição e a agrediu com um soco no rosto. Depois, ele a atingiu com um pedaço de madeira.
Ainda de acordo com a vítima, ela deixou a casa para tentar buscar ajuda, porém caiu durante a fuga com a barriga no chão e foi agredida novamente. Os ferimentos causaram ruptura do útero, ocasionando a morte do bebê.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, uma denúncia anônima havia informado que a mulher foi encaminhada em estado grave para o Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni, onde a criança nasceu sem vida.
O denunciante informou ainda que tomou conhecimento de que, durante o velório, os hematomas no rosto e no corpo da criança eram perceptíveis.
Prisão
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o homem foi preso preventivamente dias após o crime. A defesa do acusado pediu a concessão da liberdade provisória e absolvição do crime de lesão corporal, mas ele foi negado.
“Em seus argumentos, o réu afirma que não ficou demonstrado que ele tinha a intenção de matar a vítima, sustentando que o aborto teria sido causado pela queda e não pelos golpes”, disse a nota do TJMG.
Ainda de acordo com o Tribunal, o juiz Jorge Arbex Bueno negou o pedido da defesa em primeira instância, dizendo que “a prisão do réu é necessária para a manutenção da ordem pública”.