Interdição de prédio de 18 andares, em Montes Claros, completa uma semana

Fonte: G1 Grande Minas

A interdição do edifício Roma, em Montes Claros, completa uma semana nesta segunda-feira (15). Residências e comércios em um raio de 60 metros também foram esvaziados.

Dados do Corpo de Bombeiros apontam que no total 127 pessoas tiveram que sair de suas casas, 45 residem no Roma. Por conta da situação, outro prédio e 16 imóveis permanecem vazios. O trânsito também segue fechado no local.

O prédio 18 andares possui 45 moradores, mas medida impactou a vida de outras pessoas já que residências e comércios em um raio de 60 metros foram esvaziados. O trânsito também segue fechado no local.

De acordo com informação da Defesa Civil do município, a construtora responsável providenciou um reforço para a estrutura com a colocação de escoras que suportam oito toneladas cada e faz o monitoramento do prumo – que aponta se a edificação permanece estável. Além disso, o engenheiro calculista está elaborando um levantamento para atestar a integridade do edifício, o que pode permitir a liberação do entorno. As trincas e rachaduras também estão sendo acompanhadas por um engenheiro civil.

Os moradores do Roma contrataram um engenheiro independente para avaliar as informações técnicas que forem repassadas para eles.

A última nota divulgada pela construtora Turano em sua rede social aponta que os primeiros estudos técnicos devem ser liberados no início desta semana. Por meio deles, a empresa diz que “poderão ser definidos os prazos para apresentação das soluções necessárias, inclusive entorno do edifício”.

O posicionamento ainda destaca que “assim que avaliado e liberado pelas autoridades públicas competentes, uma equipe multidisciplinar capacitada também garantirá o acesso gradual dos moradores às dependências do edifício.”

Na nota, a Turano ainda ressalta que todo o trabalho está sendo feito por um equipe contratada exclusivamente para este objetivo, pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

“Nenhum providência será tomada sem a liberação de todos esses envolvidos.”

Entenda o caso

De acordo com informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, o prédio apresenta comprometimento de mais de um pilar, sendo que um deles está com a ferragem exposta e rompimento de algumas barras, além de sinais de flambagem (encurvadura) na lateral afetada. Os militares foram chamados por uma pessoa que relatou ter sentido a edificação tremer após ouvir um estrondo.

“Nós fizemos esse esvaziamento preventivo para aliviar o peso na estrutura. Tudo que a gente pode fazer para aliviar o peso da estrutura está sendo feito para que a gente possa fazer o escoramento com bastante segurança e deixar a equipe de engenharia entrar no prédio para fazer a avaliação de quais serão os passos necessários para a estabilização completa da edificação”, detalhou o coronel Júlio César Tófolli, do Corpo de Bombeiros, na segunda, dia da interdição.

Como parte das medidas para aliviar o peso da estrutura, foi feito ainda o esvaziamento a caixa d’água do prédio, que possui capacidade para 50 mil litros. Por questões de segurança, moradias e comércios em um raio de 60 metros também foram evacuados. O trânsito está interditado.

Conforme o Corpo de Bombeiros, os donos de veículos que estavam nos locais onde as escoras foram colocadas tiveram autorização para retirá-los. Eles forneceram a localização e as chaves dos carros, que foram retirados por um funcionário da construtora.

Além disso, quem reside no entorno do edifício pode entrar, com o acompanhamento dos militares, para retirar os animais de estimação e documentos pessoais.

Desde a interdição, um Posto de Comando com os órgãos de segurança e representantes da empresa foi montado com funcionamento 24 horas.

O que diz a construtora

Por meio de nota, a Turano construtora diz que os moradores foram retirados como medida de segurança e afirmou ainda que eles estão alojados e contam com acompanhamento da construtora.

“Está sendo feita uma completa averiguação do prédio, tendo sido chamados os técnicos e calculista para os procedimentos que forem necessários”, destaca a nota.

A empresa diz ainda que preliminarmente não há abalo estrutural e que outros detalhes serão fornecidos posteriormente, após apuração.

Por fim, destacou que toda a situação está sendo acompanhada por uma equipe técnica e lamentou os transtornos causados.

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