Fonte: G1 Zona da Mata
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de habeas corpus para soltura imediata de Jaime Tristão Alves, suspeito do desaparecimento da ex-mulher Cláudia de Paiva Rezende, em Juiz de Fora.
A decisão foi tomada pela desembargadora Lílian Maciel na tarde desta quinta-feira (19) e confirmada ao G1 pelo órgão. O caso corre em segredo de Justiça. A reportagem entrou em contato com a defesa do suspeito para saber se gostaria de se posicionar e aguarda retorno.
Jaime Tristão Alves era considerado foragido e foi localizado e preso nesta no dia 8 de setembro em Rochedo de Minas — Foto: Caroline Delgado/G1
Jaime Tristão segue preso preventivamente. O caso é investigado na 3ª Delegacia, que aguarda o resultado dos laudos periciais que estão em andamento em Belo Horizonte. Já a ex-mulher não é vista há mais de 50 dias.
Desaparecimento
Cláudia de Paiva Rezende Alves foi vista pela última vez no dia 6 de julho deste ano, no Bairro Nova Era. O boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado pelo ex-marido no dia 8 de julho na Polícia Militar (PM). No mesmo dia, o caso foi para a 3ª Delegacia, que foi procurada por familiares dela.
Decisão foi tomada pela desembargadora Lílian Maciel na tarde desta quinta-feira (19). Cláudia de Paiva não é vista há mais de 50 dias.
No dia 7 de agosto, o delegado Rafael Gomes divulgou informações sobre a apuração do caso e explicou que o ex-marido era considerado suspeito por causa de um vídeo que comprovaria que ele foi a última pessoa a ter contato com a mulher.
Conforme a Polícia Civil, as investigações apontam que a mulher que entrou no carro do suspeito seria Cláudia de Paiva.Ainda de acordo com o delegado, após a autorização judicial para a quebra do sigilo telefônico, foi registrado que Jaime ligou para a ex-mulher antes do momento registrado pelas câmeras e, desde então, o celular dela não recebeu mais chamadas e ela não foi mais vista.
No dia 8 de agosto, Jaime Tristão Alves foi localizado em uma casa em Rochedo de Minas pela Polícia Civil e cumpriu o mandado de prisão temporária.
“Na primeira versão ele contou que saiu de casa no dia 6 de manhã para alguns afazeres. Posteriormente, ficou das 12h às 19h em um bar na Zona Norte com os amigos. Depois foi para uma exposição agropecuária em uma cidade vizinha e, ao voltar para casa, dormiu”, disse o delegado.
O advogado de defesa do suspeito, José Adalberto, afirma que o cliente dele não tem relação com o desaparecimento da ex-mulher. Segundo ele, as gravações de câmeras divulgadas pela Polícia Civil informando que ela teria entrado no veículo de Jaime não condizem com a verdade.
No dia 16 de agosto, a Justiça converteu em preventiva a prisão temporária de Jaime Tristão.