Mãe faz denúncia após bebê voltar de creche com rosto machucado em Bom Despacho

Fonte: G1 Centro-Oeste de Minas

Elionai Deliane usou as redes sociais para denunciar um suposto caso de agressão contra o filho dela em uma creche da rede municipal de ensino em Bom Despacho. Ela alega que a criança foi mordida por outro aluno e também desabafa sobre a falta de profissionais para atuar nas salas de aula.

Elionai Deliane alega que criança foi agredida por outro aluno na sala de aula e fala em falta de profissionais e supervisão. Prefeitura lamentou ocorrido e caso é investigado pela Polícia Civil.

Em nota, a Prefeitura tratou o caso como um “fato isolado”, mas lamentou o ocorrido e disse que irá apurar o que de fato aconteceu. Além disso, a Administração Municipal afirma que está prestando assistência a família.

A Polícia Civil informou que um procedimento foi instaurado para investigar a denúncia.

Denúncia feita pela mãe

“Ontem foi um dos piores dias da minha vida”. Colocamos nossos filhos na escola ou creche por precisarmos trabalhar e pensamos que estão seguros e amparados, mas o acontecimento me deixou muito mais apreensiva quanto a isso. Tive a pior sensação que um responsável por uma criança pode sentir”.

Trabalhei o dia todo para chegar no fim do dia e me deparar com essa cena, meu filho todo machucado no rosto.

E o que foi passado para nós, foi que a professora estava trocando um dos meninos enquanto os outros brincavam sem nenhuma supervisão, porque a escola não tem um monitora fixa na sala. Por falta de profissionais, as monitoras ajudam onde foi necessário em todas as salas.

A professora falou que escutou um choro baixo, mas não achou que era nada demais e terminou de trocar a outra criança. Depois de terminar, se voltou para os meninos e viu o agressor do meu filho em cima dele.

Não sei o que sentir sobre tudo isso, penso que deve ser difícil trabalhar em condições limitantes, mas você pode tentar prevenir certas coisas, principalmente se algum aluno já tem histórico de agressão, principalmente, mordidas”, escreveu Elionai na rede social.

A mãe também fez alguns questionamentos sobre a situação da educação no município.

“A negligência da professora em não chamar alguém naquele momento para supervisionar as crianças. A escola por não cobrar monitoras na sala de aula, e a Prefeitura por não fornecer esses profissionais.”

“Espero muito que apesar do momento horrível que vivemos e estamos vivendo, isso seja para um bem maior, que chame a atenção para que não aconteça com outras criança ou novamente com as minhas crianças”, desabafou.

O que diz a Prefeitura

“A Prefeitura de Bom Despacho vem a público lamentar o ocorrido em sua rede municipal de ensino. Infelizmente, casos isolados ocorrem em algumas etapas das crianças, chamada de “fase oral” (em que a criança morde para impor limites, se comunicar e até demonstrar raiva ou afeto). O caso em questão será investigado, sendo base para corrigir possíveis erros.

Há de se ressaltar que o executivo protocolou um projeto de lei para que novos 20 monitores sejam contratados, mas a Câmara Legislativa ainda não votou o projeto. Esta medida se faz extremamente necessária para que se tenha mais profissionais em casos de licença e afastamentos temporários, como foi o caso.

A Prefeitura dará todo o suporte para a família e enviamos o desejo de rápida melhora para a criança.”