Uma mulher de 37 anos foi presa em flagrante por suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa em Montes Claros (MG).
De acordo com a Polícia Civil, ela foi alvo da segunda fase da operação Desmanche e era responsável pela movimentação financeira de um grupo que atuava na receptação, adulteração, desmanche e comercialização de caminhões furtados e roubados. A primeira etapa da ação terminou com a prisão de dois homens e foi realizada no dia 19 deste mês.
“A segunda fase da operação se originou depois que foi apreendido [na primeira fase] um telefone celular em poder de um nossos alvos e, nesse telefone celular, havia filmagens de um galpão onde estavam dois caminhões”, fala a delegada Thalita Caldeira.
Segundo a Polícia Civil, ela era responsável pela movimentação financeira de grupo investigado por atuar na atuava na receptação, adulteração, desmanche e comercialização de caminhões furtados e roubados. O marido dela e outro homem já foram presos anteriormente. Advogado não concorda com a prisão e disse ‘não há materialidade e nada que ligue sua cliente aos envolvidos, além do fato de serem casados.’
Após levantamentos, a Polícia Civil localizou o galpão onde estavam os veículos. O proprietário do local afirmou para os policiais que o lugar foi alugado para um dos presos na primeira fase da operação. Além disso, os donos dos caminhões, furtados em Paraopeba e e Sete Lagoas, foram localizados e fizeram o reconhecimento de ambos.
“Paralelamente, nós tivemos informações que, depois que os alvos foram presos na primeira fase da operação, na semana passada, a movimentação financeira estava sendo feita pela esposa de um dos alvos. Inclusive, tivemos informações de que ela já havia sacado algumas quantias consideráveis em dinheiro e que na data de ontem iria se deslocar ao banco para fazer mais um desses saques.”
A delegada fala que os investigadores passaram a monitorar a mulher, que foi abordada quando saía do banco.
“[Os investigadores]Fizeram a abordagem e conseguiram apreender em poder dela R$ 54 mil , que ela havia acabado de sacar no banco na sua conta corrente, que era a conta utilizada pela associação criminosa, uma vez que essa mulher inclusive encontra-se já há muito tempo desempregada.
O advogado Herisson Vinicius de Oliveira, que defende os homens e a mulher, afirmou ao G1 que “que a prisão em flagrante dos primeiros dois envolvidos é inquestionável. Mas o flagrante da mulher foi irregular, visto que não há materialidade e nada que ligue sua cliente aos envolvidos, além do fato de serem casados”.
Conforme a delegada, a mulher foi encaminhada ao presídio de Itacarambi. Os presos na primeira fase também poderão responder por lavagem de dinheiro e associação criminosa, além dos crimes de lavagem de dinheiro, receptação e adulteração de sinal identificador de veículos.
s investigações vão continuar no sentindo de identificar outros envolvidos.