Fonte: Clube 91,5 FM
Um imbróglio entre a Prefeitura e o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (CMPHC) de Bocaiuva (MG) causou a paralisação das obras de revitalização e reformas da Praça do Coqueiro, na região central da cidade.
Na manhã, desta quarta-feira (18) atendendo um pedido de embargo do empreendimento, feito pelo referido Conselho, o Promotor de Justiça, Dr Tiago Diniz, compareceu ao local e determinou a suspensão dos serviços.
Na ocasião, a empresa Roma, contratada para a obra, instalou a placa indicativa da obra.
Na sexta-feira (dia 13), o Prefeito Roberto Jairo Torres, havia dado a ordem de serviços para a realização deste projeto. A obra está orçada em R$262 mil, com recursos próprios do município.
No entanto, o CMPHC conseguiu a suspensão, através de representação judicial, sob alegação de que o projeto não foi adequado com a realidade do local que possui monumentos históricos, como o antigo Prédio onde funciona a Biblioteca Pública do município, e que, da forma em que foi feito, pode afetar o conjunto arquitetônico da cidade.
De acordo com o arquiteto do CMPHC, Guilherme Araújo, “o conselho se manifestou em relação ao projeto de forma a preservar as características históricas no que se refere ao processo de formação da cidade”.
Segundo disse a reportagem da Clube 91,5 FM, “as reformas de espaços públicos, da forma em que estão sendo feitas, não podem ser conduzidas verticalmente, ou seja, sem a consulta popular e sem o conhecimento profundo de todas as condicionantes daquele espaço”. A história, porte e escala não estão sendo levadas em conta no projeto, de acordo com o arquiteto.
A respeito do embargo da obra, a assessoria de Comunicação da Prefeitura informou a reportagem da Clube 91,5 FM que “o município ainda não havia sido notificado pelo Ministério Público”, razão pela qual não se posicionou sobre a questão.
A entrevista completa com Guilherme Araújo vai ao ar nesta quinta-feira (19), ao meio-dia, no Jornal da Clube, na Clube 91,5 FM, de Bocaiuva.