Fonte: G1 Vales de Minas Gerais
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (28) em quatro cidades de Minas, durante a operação Êxodo. Ao todo, 16 pessoas foram presas por tráfico de drogas, roubo e tortura.
De acordo com a PC, as investigações duraram quase dois anos. A organização criminosa tinha sua base no distrito de Palmeiras do Resplendor, zona rural de Capelinha (MG), mas os integrantes da quadrilha também atuavam em cidades vizinhas com compra e venda de drogas, prática de roubo e tortura.
O inquérito policial foi instaurado a partir do crescente número de ocorrências de tráfico de drogas, furtos, roubos e crimes relacionados a armas de fogo em Capelinha e região. Durante a apuração, foi possível identificar autoria e individualizar condutas em crimes de tráfico de drogas, roubo, tortura, crime ambiental, posse e porte ilegal, disparos e comércio ilegal de armas de fogo, além de receptação de veículos furtados ou roubados.
Foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva, sendo que dois investigados já se encontravam no sistema prisional. As prisões foram feitas nas cidades de Capelinha, Água Boa, Nova Serrana e Angelândia.
“Em análise minuciosa, foram detectadas que as ações delituosas eram consumadas de forma organizada por pessoas com funções estabelecidas e com o núcleo situado na localidade de Palmeiras de Resplendor”, explicou a polícia.
Foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva, sendo 16 pessoas presas e outras duas que já estavam no sistema prisional. Foram detidos quatro homens (de 20, 26, 28 e 34 anos) na zona rural de Capelinha, três homens (dois de 24 anos e um de 26) e uma mulher (de 30 anos) em Angelândia (MG), três homens (de 19, 21 e 22 anos) em Capelinha, um homem (de 42 anos) na zona rural de Água Boa (MG) e um homem e uma mulher (ambos de 26 anos) em Nova Serrana (MG).
Crimes violentos
Segundo a Polícia Civil, ao longo das investigações os integrantes da quadrilha demonstraram muita violência na consumação dos crimes e em atos de represálias à população local para impedir qualquer tipo de denúncia.
Um dos crimes destacados pela PC, trata-se de tortura de uma vítima que havia furtado uma grande quantidade de maconha de propriedade da organização criminosa e que estava enterrada às margens de uma estrada rural.
Ao saber da ação, o líder do grupo determinou que três autores torturassem a vítima até que a droga fosse recuperada ou o prejuízo fosse ressarcido. Então, a vítima foi mantida sob ameaça e cárcere privado, na mira de arma de fogo, enquanto era torturada dentro de um veículo, deixando suas mãos amarradas.
Uma outra ação dos bandidos foi em um roubo a uma fazenda. Um dos integrantes da quadrilha emprestou uma motocicleta a outros dois autores, sendo um adolescente, para que pegassem dinheiro e arma no local do crime.
No imóvel, as vítimas foram rendidas e ameaçadas com um galão contendo gasolina. Os autores ameaçaram colocar fogo na filha do responsável pela fazenda, por não terem encontrado as armas de fogo. Os suspeitos levaram diversos objetos que estavam no local.