Polícia Civil deflagra operação contra esquema de sonegação fiscal no DF e em outros três estados

Fonte: G1 Grande Minas

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), a operação Joio de Tolo, em oito cidades no DF e nos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo. A ação visa desarticular um esquema de sonegação fiscal que, de acordo com os investigadores, gerou prejuízo de cerca de R$ 100 milhões aos cofres distritais.

Segundo investigações, grupo criminoso gerou prejuízo de cerca de R$ 100 milhões aos cofres distritais. São 31 mandados de busca e apreensão na capital e em Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

Ao todo, foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão. Segundo as apurações, o grupo atuava no setor de grãos, e envolvia corretores de cereais, produtores rurais e sócios de empresas de fachada.

Os mandados desta quarta são um desdobramento da operação “Arenae”, deflagrada em novembro de 2018. A polícia afirma que os criminosos criavam empresas fantasmas, conhecidas como “noteiras”, e as colocava como intermediárias nas transações, emitindo notas fiscais falsas e deixando de recolher os impostos devidos.

De acordo com a Polícia Civil, o objetivo da ação é desmontar o núcleo de corretores da organização, que “realizavam a negociação das mercadorias, interligando os produtores e os empresários, operando a logística para transporte, e ofertando mercadoria com preço menor para o núcleo empresarial”.

“Essas empresas teriam vantagem competitiva, por adquirir produtos mais baratos que a concorrência, e por utilizar de créditos de ICMS ‘podres’ para abater indevidamente o imposto, diminuindo a carga tributária”, diz a PCDF

A operação é realizada pela Divisão de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (Dicot), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).

Na primeira fase, os policiais miraram no núcleo operacional do esquema, responsável por criar as empresas fantasmas e aliciar laranjas para serem responsáveis pelas companhias. A ação também atingiu o núcleo contabilista, que fornecia a logística para a abertura das empresas fantasmas, além de orientar o grupo criminoso.