A Polícia Civil (PC) indiciou seis pessoas por associação criminosa, na manhã desta segunda-feira (13), em Ponte Nova, na Zona da Mata de Minas Gerais, suspeitas de formação de uma quadrilha que atuava na prática do “golpe das etiquetas”. O prejuízo estimado é de quase R$ 500 mil.
De acordo com a instituição, o grupo tinha cúmplices no estado do Maranhão. Um receptador solicitava ao líder do bando, que morava em Barra do Corda (MA), um código de postagem de encomenda, com CEPs do remetente e do destinatário, o qual era impresso e chamado de “etiqueta” pelos investigados.
Ele agia como intermediário e repassava aos comparsas em Ponte Nova a solicitação dos “clientes” que, utilizando CPFs falsos ou obtidos em sites de concursos públicos, se cadastravam nas plataformas de vendas e-commerce como vendedores e com outros CPFs como compradores, comprando simuladamente produtos de pequeno valor e peso.
Quadrilha tinha seis pessoas, que foram indiciadas por associação criminosa. Prejuízo causado pelo bando é estimado em quase R$ 500 mil.
Ainda de acordo com a PC, após a simulação da venda, a plataforma gera uma “etiqueta”, um código que autoriza o vendedor a postar o produto da venda nos Correios, sendo o custo desse transporte calculado pelos dados da venda fictícia na qual comprador e vendedor estão na mesma localidade, sendo o pagamento do envio feito pela plataforma.
Segundo a polícia, por conta de uma falha do sistema, após gerada a etiqueta, os suspeitos adulteravam o nome e CEP do remetente e do destinatário, e as vendiam na internet para que os receptadores postassem encomendas nos Correios e/ou transportadoras, pagando menos pelos fretes.
Os investigados ganhavam, em média R$ 10, por etiqueta gerada. Em 77 dias, a liderança do grupo movimentou cerca de R$ 500 mil.