As investigações apontaram que os abusos começaram quando a vítima tinha 10 anos e perduraram até ela completar 13 anos, em 2022. Segundo o delegado Ulisses Oliveira Gonçalves, o homem era líder espiritual de uma religião de matriz africana e aproveitava desta condição para cometer o crime.
“Segundo apurado, a ofendida e sua família frequentavam o local coordenado pelo investigado, sendo que, em uma das cerimônias, o investigado, se passando por uma entidade, teria afirmado à vítima que ela poderia manter relações sexuais com ele, pois não haveria risco de engravidar”.
De acordo com a Polícia Civil, o homem ainda teria presenteado a vítima com um celular, supostamente para auxiliar nos estudos dela, mas o aparelho era “utilizado na verdade para se comunicar com a menina por mensagens e marcar encontros com ela. Os encontros aconteciam toda semana, durante a noite, enquanto os pais da vítima dormiam”.
Segundo a PC, o homem era líder espiritual de uma religião de matriz africana e aproveitava desta condição para cometer o crime. Investigações apontaram que os abusos começaram quando a vítima tinha 10 anos e perduraram até ela completar 13 anos.
As investigações foram concluídas em julho de 2022 e o homem foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável. Ele estava foragido e foi preso nessa segunda-feira (13).
O delegado esclareceu que a suspeita da existência de outras vítimas.
“Diante do que foi apurado no inquérito, a Polícia Civil acredita da existência de outras vítimas e encoraja às ofendidas, principalmente agora com a prisão do investigado, a comparecer perante a delegacia de Minas Novas para prestar esclarecimentos afim de que os fatos possam ser apurados e indivíduo, se for o caso, seja responsabilizado no âmbito processual penal”.
O homem, de 36 anos, foi levado para o sistema prisional e está à disposição da Justiça. Como o nome dele não foi divulgado, o g1 não conseguiu falar com a defesa. Se algum advogado se manifestar, esta reportagem poderá ser atualizada.