Um homem, de 37 anos, que não teve a identidade divulgada, foi preso pela Polícia Civil, em Goiânia, suspeito de aplicar golpe do novo número em dois idosos, um morador de Minas Gerais e outro que vive em São Paulo. Segundo a corporação, o autor dos estelionatos conseguiu R$ 38 mil somando os golpes às duas vítimas.
O investigado foi encontrado na casa em que vive, no setor Jardim Planalto, na terça-feira (17). Equipe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref) localizou R$ 20 mil em contas do suspeito que seriam resultado dos crimes.
Segundo as investigações, criminoso se passava por filhos dos alvos e pedia que eles fizessem transferências. Corporação conseguiu recuperar R$ 20 mil.
Golpes
O delegado Olemar Santiago, que está à frente do caso, contou que a primeira vítima tem 74 anos e mora em Três Pontas (MG). Esse idoso chegou a passar R$ 30 mil para o estelionatário acreditando que estava ajudando o próprio filho.
Nas mensagens que o criminoso trocou com o idoso é possível ver que o estelionatário se passa pelo parente da vítima, dizendo que está com um número novo e que ele deve deletar o antigo.
O criminoso pede que o “pai” faça uma transferência por ele para não atrasar um pagamento, argumentando que não estava conseguindo passar esse dinheiro naquele momento. Também com base na conversa, a vítima do golpe chegou a ir ao banco para passar um dos valores.
A segunda vítima identificada pela Polícia Civil foi um idoso de 66 anos, morador de São Paulo (SP). Nesta situação, o estelionatário conseguiu retirar dele R$ 8 mil, também se passando pelo filho desse alvo.
O delegado explicou que as fotos e números são adquiridas pelos criminosos por meio da web. “Infelizmente há bancos de dados clandestinos na internet que vendem esse tipo de informação”, explicou.
O investigado, que não tinha outras passagens pela polícia, deve responder pelos crimes de associação criminosa, por ter transferido os valores para outras pessoas, e estelionato por duas vezes.
Para evitar ser alvo de golpistas como o preso nesta investigação, o delegado aconselha a pessoa a sempre ligar para o contato e confirmar a necessidade da transferência e que é mesmo a pessoa que fez o pedido.
“Inicialmente, é importante ter calma e ligar naquele número que já tem na sua agenda. Outro passo é não facilitar o acesso à sua foto por pessoas que não são seus contatos”, sugeriu.
O G1 não conseguiu localizar a defesa do preso para pedir uma posição sobre o caso. À polícia, ele negou o crime.