Fonte: Clube 91,5 FM
A prefeitura de Bocaiuva (MG), por meio do Comitê Municipal Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde do Covid-19, enviou ontem (7) um ofício a diretoria do Clube dos Dirigentes Lojistas (CDL) local, no qual informa a impossibilidade, por ora, de flexibilização das medidas dos decretos por causa da pandemia do coronavírus.
A decisão segue as recomendações da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, para evitar o alastramento de casos da doença na cidade.
O Comitê Extraordinário do Coronavírus se reuniu nesta terça-feira (7) com representantes da Secretaria Municipal de Saúde, para analisar o pedido feito no dia 1º de abril pela CDL de reabertura gradativa do comércio lojista ao público.
Na nota, o órgão diz “quanto a proposta de reabertura gradativa de atendimento ao público, este comitê se reporta a recomendação do secretário estadual de Saúde, Srº Carlos Eduardo Amaral, que em coletiva à imprensa, na ultima segunda-feira, dia 6 de abril de 2020, reiterou os apelos para que a população permaneça em casa em isolamento social…”.
“Vamos manter o isolamento, não é momento para achar que a pandemia já passou. Pelo contrário, estamos indo em direção ao pico”, disse o secretário como foi ressaltado no ofício do Comitê Extraordinário do Coronavírus de Bocaiuva.
Quanto ao pedido de abertura das portas do comércio lojista para o recebimento do dinheiro realizado por crediários, a indicação é de que essas cobranças sejam feitas por meio de aplicativos da internet, telefones, ou outros instrumentos similares, como o emprego de cobradores domiciliares, não sendo possível a abertura, por ora, do estabelecimento sob o risco de tal procedimento ensejar a ocorrência de aglomerações, e o aumento de circulação das pessoas nas vias públicas.
Outra alegação do Comitê para esta decisão, se baseia nos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto a propagação da doença em 10% da população, em que, com 80 mil habitantes estimados, Bocaiuva poderia ter 8 mil pessoas contaminadas pelo Covid-19, sendo destes, 5%, ou seja 4 mil, tendem a evoluir para o quadro grave.
A posição, então, é de manter as lojas fechadas até uma nova ordem.