Fonte: Clube 91,5 FM
Nesta segunda-feira (20), trabalhadores da limpeza urbana de Bocaiuva (MG) realizam uma paralisação dos serviços em protesto aos cortes nos vencimentos da categoria, sem aviso prévio.
Pela manhã, dezenas de garis e de funcionários da coleta de lixo saíram do setor de obras e seguiram até ao antigo prédio da Prefeitura, onde funciona a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana, na Praça Wan-Dyck Dumont, centro da cidade.
De lá, seguiram até a sede administrativa, na Rua Mariana Queiroga, onde se reuniram com o Procurador Jurídico da Prefeitura, Dr. Henrique Tondinelli e o chefe da área contábil, Henri Leonardo Dias.
Depois, seguiram para a Câmara Municipal, onde solicitaram e conseguiram junto ao presidente do legislativo, José Maria Torres (Zé Marião) a garantia da retirada da pauta desta segunda (20) do projeto do Executivo, que regulamenta o pagamento de adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores no período de férias.
O texto havia sido aprovado, em 1º turno, em reunião extraordinária, na última quarta-feira (15), por unanimidade, e estava previsto para ir, em 2ª e última votação, na reunião ordinária, da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (20).
De acordo com Dimas Arantes (foto), um dos coordenadores do movimento de paralisação, “a categoria está insatisfeita com os cortes que estão sendo feitos pelo Executivo, desta vez, pelo jurídico, sem o aviso prévio aos garis”.
Cortaram, segundo ele, a insalubridade das férias prêmios, a, agora, das férias normais, e também fizeram cortes dos atestados médicos. Dimas ressaltou que, de acordo com o Estatuto do Servidor, as faltas justificadas não podem ser cortadas.
Jurídico explica a questão destes benefícios
O Procurador Jurídico da Prefeitura, Dr. Henrique Tondinelli, confirmou a nossa reportagem uma reunião na manhã desta segunda-feira (20) com líderes dos Garis e disse “tratar isso com muita naturalidade, e, houve uma conversa por cerca de uma hora”.
Tondinelli frisou entender o posicionamento deles (servidores), mas lamentou somente o fato de que a manifestação ter ocorrido sem a prévia comunicação a administração municipal, colocando em risco a continuidade dos serviços públicos.
Os servidores da limpeza urbana pleiteiam a retirada do Projeto de Lei do Executivo, e que um outro seja enviado com alguns ajustes que atendem a categoria. Entre os quais, a inclusão o pagamento de adicionais de insalubridade, periculosidade no período das férias prêmios e a licença saúde.
O jurídico da Prefeitura disse que esses pagamentos não são lícitos; por isso não podem ser incluídos no projeto, e que seja dado a continuidade do documento para ser votado o mais breve possível.
Antes, os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos de Bocaiuva (Sindboc) haviam reunidos com a equipe da administração municipal nas discussões sobre essa questão.