O estado de São Paulo bateu na manhã desta segunda-feira (9) a marca de 40 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 aplicadas na população, segundo o site Vacinômetro.
Por volta das 10h58, o vacinômetro apontava que 40.114.982 doses já tinham sido aplicadas em toda a campanha, que começou em 17 de janeiro. Desse total, 28,5 milhões são referentes à primeira dose, 10,4 milhões são de segunda dose e 1,1 milhão de dose única.
Isso significa que mais de 25% dos moradores de São Paulo já estão com o esquema vacinal completo, composto por duas doses no caso dos imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, ou a dose única, da Janssen. Além disso, cerca de 64% da população absoluta já recebeu ao menos uma dose.
Se considerados apenas os adultos, este índice está próximo de atingir 84%. A ideia é que todos os adultos com mais de 18 anos sejam vacinados até a próxima segunda-feira (16). Nesta terça-feira (10), tem início a imunização da faixa etária de 18 a 24 anos, o último grupo de adultos a ser alcançado nesta fase do cronograma.
Só na cidade de São Paulo, por exemplo, 11 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas até o último domingo (7). Foram 7.844.141 primeiras doses, 2.965.379 segundas doses e 316.541 doses únicas. Na capital, a cobertura vacinal para população acima de 18 anos está em 88,4% para primeira dose e 35,6% para segunda dose ou dose única.
O avanço da vacinação tem feito com que as pessoas flexibilizem mais e relaxem em algumas medidas importantes como a não utilização do uso de máscaras. Especialistas alertam que a atenção deve continuar e que ainda é importante respeitar algumas medidas enquanto 80% da população não estiver com a imunização completa.
Para o infectologista Marcos Boulos, o uso de máscara é uma delas. “Qualquer recomendação de não usar máscara é irresponsabilidade neste momento. Precisamos usar máscaras após as duas doses da vacina, não só da primeira. A vacina oferece uma proteção parcial. Algumas maiores, outras menores, mas são parciais. Então você não só pode adquirir a doença como pode infectar outra pessoa. Só poderemos tirar a máscara quando atingirmos a imunidade rebanho e 80% das pessoas tiverem tomado as duas doses da vacina. Aí terá imunidade suficiente para poder parar a transmissão. Com ou sem vacina o uso de máscara é obrigatório”, disse Boulos.
Já Camila Sacchelli Ramos, professora Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Presbiteriana Mackenzie, alerta para o perigo do surgimento de novas variantes. “O ideal para a gente parar de encontrar novas variantes a cada um dois meses e tentar sair dessa condição de abre e fecha seria a gente somar todas as estratégias que temos de prevenção. A vacina é uma delas e o que já vínhamos fazendo não deve ser abandonado, inclusive, o uso das máscaras”, afirma.