Serra de Francisco Sá – um dos trechos mais críticos em casos de acidentes
Clube 91,5 FM
Durante a Audiência Pública, realizada na segunda-feira, dia 3, em Montes Claros (MG), foram apresentadas sugestões sobre o projeto de privatização das rodovias BR 251 e 116, aqui no Norte de Minas.
As propostas serão analisadas e encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), etapa fundamental antes da definição final do projeto de concessão da rodovia.
A Audiência foi promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e contou com a participação de diversas entidades e lideranças regionais, incluindo a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes Claros (ACI), que apresentou um parecer técnico sobre a BR-251.
O projeto indica que os trechos em concessão terão investimentos de R$ 12,4 bilhões em 30 anos. O contrato prevê a privatização de 734,90 quilômetros de rodovias, sendo 325 quilômetros, entre o Anel Rodoviário de Montes Claros e o entroncamento com a 116, em Cachoeira do Pajeú, na concessão da BR-251.
Já o trecho a ser privatizado da BR-116, tem 409,9 quilômetros, com início em Governador Valadares até o município de Divisa Alegre, na fronteira com a Bahia.
Em relação às melhorias, o contrato prevê a duplicação de 178 km, 240,97 km de faixas adicionais, 16,87 km de contornos, 29 paradas de ônibus, 36 passarelas, dois pontos de parada e descanso para motoristas, análise de tráfego, detecção de acidentes automática e circuito fechado de TV, entre outras situações.
Entre as principais sugestões, a necessidade de revisão do valor do pedágio e a ampliação do trecho de duplicação, visto que os 22 quilômetros previstos são considerados insuficientes para atender à demanda da rodovia.
Houve também cobranças para a inclusão de trechos críticos no projeto, como as serras de Francisco Sá, São Calixto e Salinas, que não foram contempladas na modelagem inicial da concessão.
A previsão é de que os leilões das duas rodovias ocorram em 2026.