Taxista desaparecido é achado morto em Unaí; ‘foi caminhoneiro por 30 anos, mas queria ficar sossegado e perto da família’

Fonte: G1 Grande Minas

Um taxista que estava desaparecido foi encontrado morto pela Polícia Civil de Unaí (MG) nesta terça-feira (11). A delegada trabalha com a hipótese de latrocínio. A família procurava por Geraldo Morais da Silva, de 62 anos, desde o último sábado (7). Ele trabalhou como caminhoneiro por 30 anos, mas o cansaço e o desejo de ficar perto dos filhos e netos o incentivaram a deixar a boleia e comprar o táxi.

“Quem teve coragem de fazer isso com ele não pode ser humano”, desabafa o filho Heider Kellyson da Silva.

Segundo as informações da delegada Gabriela Mol Câmara da Costa, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, o corpo tinha sinais de violência e foi localizado na região conhecida como Capão do Arroz. O táxi ainda não foi encontrado e a Polícia Civil trabalha para identificar quem cometeu o crime.

Filho diz ainda que Geraldo Morais da Silva comprou táxi há dois anos, após deixar profissão de caminhoneiro. Polícia Civil encontrou corpo com sinais de violência e trabalha com a hipótese de latrocínio, já que o táxi da vítima foi levado.

“O corpo está em avançado estágio de putrefação, por isso, não é possível descrever com nitidez as lesões, é provável que a morte tenha ocorrido no sábado. Nas proximidades, encontramos uma placa de táxi, as faixas que caracterizam os veículos usados para esse tipo de serviço, facas e luvas. Provavelmente, trata-se de um latrocínio, já que o automóvel da vítima foi levado”, explica a delegada.

Gabriela Mol Câmara da Costa afirma que a causa das lesões será apontada após os trabalhos da perícia. Um laudo deve sair em 10 dias.

Ainda de acordo com a delegada, a família registrou um boletim de ocorrência ainda no sábado, último dia em que Geraldo da Silva foi visto. O desaparecimento foi divulgado nas redes sociais e causou comoção em Unaí, cidade onde o taxista morava.

Comprou táxi para ter sossego e ficar perto da família

Heider Kellyson da Silva, filho de Geraldo, conta que o pai trabalhou como caminhoneiro por 30 anos. Com o avançar da idade, a rotina se tornou cansativa e ele decidiu comprar um táxi. Os dois almoçaram juntos no sábado.

“Era um senhor, de 62 anos, trabalhador e honesto. A idade pesou e, há dois anos, ele comprou esse táxi, para ficar mais sossegado e permanecer mais perto da família. Mas, infelizmente, acabou acontecendo essa tragédia”, desabafa.

Geraldo da Silva deixa três filhos e quatro netos.

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