Clube 91.5 FM – Bocaiúva-MG

Toque de Letra

Por Antônio Célio

Grandes times da dupla mineira saíram da base

Quantos e quantos anos que os dois maiores clubes mineiros não formam a base dos seus times das categorias básicas? Muito pouco, Cruzeiro e Atlético revelaram nos últimos anos.

Dos seus atuais quadros, um ou no máximo dois da base são titulares. No celeste, apenas o zagueiro Bruno Viana e o volante Ederson vêm atuando nos últimos jogos. E, no Atlético, apenas o goleiro Cleiton, que ganhou a titularidade, graças a contusão de Vítor.

Os dois clubes passam por momentos complicados no campeonato brasileiro, sem vencer há muitos jogos. A pior situação é do Cruzeiro que, além de amargar a zona de rebaixamento, ainda, convive com a crise política e financeira.

Sem fluxo de caixa, o ideal é recorrer às categorias básicas para formar times para o próximo ano. Quem sabe, a saída obrigatória de Raposa e Galo pode contribuir para ambos fazerem “em casa” fortes equipes como no passado?

O lendário time do Cruzeiro que desbancou o Santos de Pelé e conquistou a Taça Brasil de 66

Na década de 60, quando ganhou os olhares do mundo ao conquistar a Taça Brasil surpreendendo o fabuloso Santos de Pelé e Cia, inclusive, com uma vitória memorável de 6 a 1, o Cruzeiro formou um timaço com jovens de sua base, como: Dirceu Lopes, Tostão, Natal, Piazza, dentre outros.

O então técnico Airton Moreira (falecido) privilegiou os juvenis (atualmente sob 20) para formar aquele esquadrão.

Timaço do Atlético com Cerezo, Reinaldo, Paulo Isidoro e Cia, em 1977

O Atlético também foi assim. Basta lembrar daquela fantástica equipe dos idos de 70 e 80. Cerezo, Paulo Isidoro, Reinaldo, Marcelo Oliveira, e outros. O então treinador Barbatana (também falecido) foi promovido do comando do juvenil para o profissional, com a missão de justamente revelar atletas.

Então, diretorias cruzeirense e atleticana trabalhem e olhem com mais carinho para a base, pois, daí pode sair a solução futura dos problemas de suas agremiações.

Até a próxima!

*Antônio Célio escreve nesta coluna sempre às segundas, quartas e sábados.