Vândalos picham paredes, destroem computadores e espalham merenda pelo pátio de escola em Mirabela

Fonte: G1 Grande Minas

Uma escola municipal foi alvo de vandalismo em Mirabela (MG), no Norte de Minas Gerais. A instituição teve três portas quebradas, alimentos jogados no chão, computadores danificados e as paredes pichadas. Segundo a direção, o educandário já passou por situações parecidas em outras três vezes, somente neste ano.

Escola já foi alvo de vândalos outras vezes — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

Escola já foi alvo de vândalos outras vezes — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

Não há informações sobre o dia em que o ato de vandalismo foi cometido, já que a escola permaneceu fechada durante o fim de semana e a segunda-feira foi de recesso, após a festa da cidade.

Escola Municipal Eva Ruas atende a 240 estudantes, aulas foram suspensas nesta terça. Segundo a direção, escola foi alvo de vândalos em outras três vezes nesse ano.

“Os funcionários chegaram para trabalhar e viram todo o cenário de destruição. Tivemos que dispensar os alunos e estamos aqui, com os olhos cheios de lágrimas, buscando forças. Já sofremos vandalismo outras vezes, mas dessa vez foi muito pior, é lamentável, fizeram com a intenção de destruir, já que nada foi roubado”, fala Telma da Silva Ramos, diretora da Escola Municipal Eva Ruas, que atende a 240 estudantes do pré-escolar ao quinto ano.

Alimentos foram retirados de congeladores e jogados no pátio — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

Alimentos foram retirados de congeladores e jogados no pátio — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

A diretora conta que os alimentos que seriam usados na merenda escolar da semana foram retirados dos congeladores e jogados no pátio, pacotes de açúcar e arroz também foram abertos e derramados pelos corredores.

“Alguns computadores foram quebrados e jogados para fora das salas, essas máquinas tinham documentos importantes. Derramaram cola em cima de um teclado e de uma impressora. Fizeram cocô nos quadros feitos pelos alunos, as paredes pintadas recentemente foram pichadas, é muito triste, é difícil de acreditar”, lamenta Telma Ramos, que trabalha na área da Educação há 14 anos.

Computadores foram quebrados e jogados no chão — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

Computadores foram quebrados e jogados no chão — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

A diretora ainda destaca que a escola passou por uma reforma neste ano. A Prefeitura deu o material de construção e a comunidade ajudou com a mão de obra.

“Estamos lidando com jovens, ensinamos valores a eles, queremos que tenham caráter. Nós estamos aqui com o objetivo de formar cidadãos. Continuamos acreditando na educação mesmo diante de um cenário chocante como esse, que nos tira as palavras e nos enche de tristeza”, finaliza.

Ocorrências anteriores e investigação 

A Polícia Militar informou que, além desse boletim de ocorrência registrado nesta terça, outros dois foram registrados, em 11 de fevereiro e 29 de abril. Segundo a PM, o modo de agir dos vândalos é semelhante nos três casos. Após o registro, as ocorrências são encaminhadas para a Polícia Civil.

O delegado Giovani Sierve Andrade informou que a Polícia Civil instaurou um procedimento para apurar os fatos, um representante da escola foi ouvido e outras pessoas também serão, inclusive adolescentes. Se confirmada a participação dos menores, eles podem responder por ato infracional análogo ao crime de dano qualificado. Depois que o procedimento for finalizado, será encaminhado para a Vara da Infância e Juventude e medidas socioeducativas podem ser aplicadas. O delegado informou que a perícia compareceu no local.

Paredes recém pintadas foram pichadas — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

Paredes recém pintadas foram pichadas — Foto: Escola Municipal Eva Ruas / Divulgação

Nota da Prefeitura

O Prefeito de Mirabela, Luciano Rabelo, lamentou o ocorrido e pediu para que a população ajude, denunciando casos como o da Escola Eva Ruas. As denúncias podem ser feitas pelo 190 e 181.

“Estou estarrecido com tamanha destruição da nossa escola. Um ambiente de aprendizado, que parece um cenário de guerra. Atos de vandalismo que causam prejuízos e mais despesas aos cofres públicos. Todo o prédio foi reformado com a ajuda da comunidade. Uma parceria Prefeitura e comunidade que deu certo e hoje nosso sentimento é de indignação”, ressaltou.

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