Um homem foi condenado pelo Tribunal do Júri de Pedra Azul (MG) por matar um soldado da Polícia Militar. Jackson Gomes Lima tinha 32 anos quando foi assassinado a tiros em outubro de 2020, em Cachoeira do Pajeú (MG).
“O juiz Guilherme Esch de Rueda, da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais, fixou a pena de 18 anos de reclusão. O réu não poderá recorrer em liberdade. Além disso, deverá arcar com indenização de R$ 20 mil, por danos morais, para a família da vítima”, informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Os advogados do acusado, Guilherme Moreira Barbosa e Dwylio Rocha Lopes, informaram ao G1 que irão recorrer da sentença.
Juiz determinou ainda que o réu pague R$ 20 mil à família da vítima. Policial foi encontrado morto por colegas da PM em outubro de 2020. Defesa disse que irá recorrer da sentença.
A denúncia do Ministério Público narra que o acusado pulou o muro da casa do militar com um revólver. Já dentro do imóvel, viu a arma do soldado e também a pegou. Jackson Gomes Lima foi alvejado por nove tiros enquanto tomava banho.
Ainda conforma o MPMG, o réu agiu motivado por vingança, já que o policial havia se envolvido com sua namorada.
Com base nas provas colhidas, o Ministério Público entendeu que a motivação foi torpe e a vítima não teve possibilidade de se defender.
“O réu, durante o interrogatório, confessou o crime. Considerando a conduta do motorista, que atirou diversas vezes depois de surpreender a vítima de madrugada, e as consequências do delito, que gerou comoção e teve graves efeitos na comunidade, o juiz fixou a pena e a indenização à família do policial”, afirmou o TJMG.
Entenda o caso
O corpo do soldado Jackson Gomes Lima foi encontrado por colegas da PM em 14 de outubro de 2020, como explicou o então capitão Ivo Alves Torres Júnior à época.
“Ele morava sozinho e iria entrar no turno por volta das 17h. Como não chegou para trabalhar e não atendia o telefone, os policiais foram na casa para procurá-lo e acharam o corpo no banheiro com marcas de tiros.”
Já no dia 20 do mesmo mês, um suspeito foi preso em frente ao local onde morava, no bairro Planalto. Na época, o G1 teve acesso ao boletim de ocorrência no qual o jovem relatava que a namorada dele mantinha um relacionamento amoroso com a vítima. Ele ainda disse que era ameaçado constantemente pelo militar.
Conforme a PM, foram apreendidas munições e três armas durante buscas na casa do homem preso. Ele foi levado para a delegacia de Pedra Azul e a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso.
O soldado nasceu em Pedra Azul e trabalhava em Cachoeira do Pajeú há quatro anos, desde que ingressou na PM.