Com medo, cadeirante estuprada em casa se muda para outro lugar: ‘E se ele voltar pra tirar minha vida?’

Fonte: G1 Grande Minas

Com medo, a cadeirante estuprada em casa, em Montes Claros (MG), se mudou para outro local. Logo após sofrer o abuso, a mulher, de 26 anos, chamou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência. Buscas foram feitas, mas não há nenhum suspeito desse caso preso.

A vítima, que mora sozinha, estava dormindo quando teve a residência invadida por um homem ainda não identificado. A Polícia Civil informou ao G1, nesta quarta-feira (28), que a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (Deam) abriu um inquérito para investigar o caso.

“Eu fico com medo de a pessoa voltar porque eu fiz a denúncia, né. E voltar e querer fazer coisa pior, porque dessa vez foi só o abuso, mas e se ele voltar pra tirar minha vida?”, desabafa.

A mulher, que tem medo de revelar o nome, fala que se tornou cadeirante desde março, quando sofreu um acidente de carro. Sem poder trabalhar e sem receber nenhum benefício do governo, ela conta com a ajuda de um amigo, que irá arcar com o pagamento do aluguel do lugar onde ela irá morar.

Nesta quarta-feira (28), a Polícia Civil informou que a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (Deam) abriu um inquérito para investigar o caso.

“O portão fica aberto, imagina se ele voltar lá de madrugada e falar assim: você me entregou para a polícia, eu vou te matar. Deus vai prover que eu consiga pagar o aluguel”, fala o amigo. Ele também prefere não ter o nome divulgado por questões de segurança.

Características físicas

Segundo a vítima, o criminoso é moreno, forte, tem cabelos crespos e possui duas tatuagens, uma em formato de cruz perto do olho e a outra com um nome no antebraço.

A Polícia Militar informou que uma pessoa com essas características chegou a ser encontrada, mas não foi reconhecida pela vítima. Quem tiver informações pode ligar para o 190 ou 181.

Sobre o crime

De acordo com a mulher, o estuprador invadiu a casa dela na madrugada da terça (27). Ela morava sozinha e estava dormindo quando o homem entrou.

“Ele subiu em cima de mim, começou a me enforcar e a tampar a minha boca”, recorda-se.

Ela conta que o criminoso foi embora porque ouviu o barulho de um carro.

“Ele achou que tinham alguém chegando, pegou e levantou de cima de mim correndo e correu.”

No dia do estupro, a mulher foi socorrida por uma equipe do Samu e levada para o Hospital Universitário Clemente de Faria. Em nota, o HUCF informou que os “atendimentos foram realizados de acordo com o protocolo de assistência às pessoas em situação de violência”.

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