Um avião monomotor caiu, às 11h40 desta quinta-feira (6), em uma região de manguezal, no Bairro Atalaia, na Zona Sul de Aracaju, e ficou submerso.
Ele decolou do Aeroporto Santa Maria, com destino ao município de Unaí (MG). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe confirmou a morte de uma pessoa, que ainda não foi identificada.
A aeronave afundou cerca de dois metros e equipes do Corpo de Bombeiros estão tentando fazer o resgate da vítima. Por volta das 15h30, as buscas avançaram e foi acessada a parte da cabine e dos bancos.
A Defesa Civil de Aracaju está no local para realizar a retirada da aeronave. “Foi verificado um vazamento de combustível de aviação, que foi diluído pela água do rio e pelos caminhões dos bombeiros. Estamos fazendo uma logística de retirada dessa aeronave através de guindastes”, disse o coordenador do órgão, major Sílvio Prado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a aeronave apresentou problemas logo após a decolagem. O piloto desviou a rota para a área de manguezal para evitar a queda sobre as residências.
A informação preliminar da SSP é que o piloto deixou um passageiro em Aracaju e estaria voltando sozinho para Unaí. Após a decolagem, o avião apresentou problemas, o piloto declarou emergência à torre de comando e desviou a rota para o manguezal, evitando cair sobre as residências.
“Observamos que está totalmente submersa no mangue. Então isso reduz a possibilidade de ter sobreviventes. Está 100% enterrada. O aeroporto já acionou no Cenipa, que deve chegar até o final dessa tarde. O GTA também vai investigar. O acesso é muito complicado, o mangue está com o nível de água bem alto”, disse comandante do Grupamento Tático Aéreo (GTA), coronel Fernando Góes.
De acordo com registros da Agência Nacional de Aviação (Anac), a aeronave PR-ZSF, uma RV-10 de três lugares, estava em situação regular.
Uma mulher que mora em frente ao local do acidente falou sobre a atitude do piloto. “Estourou aqui e caiu ali. Ele foi um herói. Foi horrível. Ainda estou em choque. Escutei aquele estouro. Parecia coisa de filme de terror”, disse, emocionada, Martha Barros.
Outro morador da região, Aldenir Alves Marinho, 40 anos, falou sobre o momento da queda. “Eu estava no fundo de um hotel, onde moro. Entrei no mangue, mas não consegui ver nada. Enterrou na lama”, disse o pedreiro.
“Eu estava voltando da academia, quando ouvi o barulho. Tenho o curso de primeiros socorros e entrei no mangue pra tentar ajudar, mas não deu. Só deu pra ver as fuselagens do avião”, disse Arthur Santos, que também mora próximo ao local.
Trânsito
As polícias Civil e Militar e Superintendência Municipal de Trânsito (SMTT) também estão no local. Os dois sentidos da avenida Desembargador José Antônio de Andrade Goes estão bloqueados. Apenas os veículos oficiais de resgate estão autorizados a circular pela via.
As linhas de ônibus que passam pela região estão circulando pela Rua Aloísio Campos, paralela à avenida José Andrade Gois.