Bocaiuva e sua tradição religiosa e história política administrativa

Por Antônio Célio

Tradicional no município de Bocaiuva (MG), a Festa do Senhor do Bonfim, deste ano (2022), vem superando positivamente as expectativas de público, após 2 anos com presença restrita por causa da Pandemia.

As celebrações vêm reunindo milhares de fiéis, desde o dia 1º de julho, abertura da programação.

Tanto os espaços religiosos, como a igreja e a Tenda da Amizade; quanto o palco cultural, estão sempre lotados.

As festividades do padroeiro de Bocaiuva, que vão até domingo, dia 17 de julho, dedica hoje o Dia Devocional à Nossa Senhora das Dores.

Pela manhã, desta sexta-feira (15 de julho), ocorreu uma santa missa, e às 19 h, haverá outra celebração, com a participação da Pastoral Litúrgica. O ofertório do dia é um quilo de feijão.

12ª edição do concurso literário Maurício Figueiredo

Na área cultural da festa, às 20 h, nesta sexta-feira (15 de julho) na Tenda da Amizade, será realizada a 12ª edição do Concurso de Poesias Maurício Figueiredo.

Os Poemas classificados e seus respectivos autores são: Dayane Versiani Oliveira – Poema: Oração das Noites Estreladas; Gabriel Dutra de Menezes – Poema: A Companhia de Deus; Guilherme Patrick Lopes – Poema: Eu, Oração; Igor Emanuel Siqueira – Poema: O poder da Oração e o Nosso Criador Deus; Igor Soares Durães – Poema: Religare; João Vítor Campos – Poema: Semente da Fé; Maria Eduarda Leal– Poema: Um Caminho para Deus; Maria Fernanda Campos – Poema: Do Escuro para a Luz; Matheus Damas Campos – Poema: Carta Aberta ao Senhor do Bonfim, e Rogério Bicalho Teixeira – Poema: Oremos.

O concurso é organizado pela professora e poetisa Jucilene Vieira. O evento visa valorizar a cultura da cidade, abrindo espaço para novos valores literários.

Foto: Arquivo José Roque Silva

História religiosa e política de Bocaiuva   

A tradição religiosa do Senhor do Bonfim surgiu por cerca de 1710 a 1720, quando, segundo o historiador e escritor Juca Brandão, uma imagem do santo padroeiro, que seguia destino a Bahia, carregada por tropeiros e escravos, se acampou em Bocaiuva, onde os carregadores pararam para descansar na região do Matadouro Municipal da cidade. 

E quando, foram levantar a imagem para seguir viagem a mesma pesou e, mesmo assim, conseguiram reergue-la e seguiram viagem até outro local, ainda conforme versão lendária, o fato se repetiu dias depois, e, assim, os tropeiros entenderam que a imagem deveria ser mantida nesta localidade, onde foi construída uma pequena capela, hoje a Igreja Matriz.

Bocaiuva é um município brasileiro situado no interior do estado de Minas Gerais, cerca de 369 km2 ao norte da capital Belo Horizonte, Minas Gerais. O município tem uma população estimada em 2021 em 50.521 habitantes. Fica na bacia hidrográfica do Rio Jequitinhonha.

Primeiro prefeito de Bocaiuva

Segundo o pesquisador e historiador João Roberto Drumond Amorim, em 1930, as províncias se transformaram em estados. Em Bocaiuva, o primeiro prefeito foi Flamínio de Assis Freire, proveniente do hoje distrito de Terra Branca.

O primeiro nome do então arraial foi Curato de Bocaiuva, isso por volta de 1785. Em 1884, a lei provincial nº 3.276, de 30 de outubro, elevou o distrito à condição de cidade e a denominou Conceição de Jequitaí, topônimo novamente alterado pela lei provincial nº 3.442, de 20 de setembro de 1887, quando a cidade volta a se chamar Jequitaí. O atual prefeito de Bocaiuva é Roberto Jairo Torres, e o vice Frank Weslen Lopes.

Colaboração de Juca Brandão, João Roberto Drumond Amorim e José Roque Silva.

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