Chacina de Unaí: MPF pede à Justiça que antecipe julgamento de ação que cobra R$ 29 milhões dos condenados.

Fonte: G1 Minas

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal a antecipação do julgamento da ação em que o órgão e a União cobram o pagamento de R$ 29 milhões de indenização dos acusados de envolvimento nos crimes que ficaram conhecidos como “Chacina de Unaí”. A quantia seria utilizada para compensar prejuízos causados aos cofres públicos.

O pagamento requerido serviria para compensar prejuízos causados aos cofres públicos, diz MPF.

“O valor foi calculado com base nas despesas que a União teve com pagamentos de indenizações e pensões às famílias dos quatro servidores do Ministério do Trabalho assassinados em 28 de janeiro de 2004”, explica o MPF, confirmando que o pedido foi apresentado à Justiça nessa sexta-feira (31).

O crime ocorreu em janeiro de 2004, quando três fiscais do trabalho, que investigavam denúncias de trabalho escravo na região, e o motorista que os acompanhava foram assassinados em uma emboscada.

Chacina de Unaí  — Foto: Reprodução/TV Globo
Chacina de Unaí — Foto: Reprodução/TV Globo

Em maio do ano passado, 18 anos após a chacina, o ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, acusado de ser um dos mandantes da chacina na cidade, foi condenado a 64 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, mas podendo recorrer em liberdade.

“A denúncia do MPF foi oferecida em 2004, mas os julgamentos na primeira instância só foram encerrados 18 anos depois, em 2022. Os fazendeiros Norberto e Antério Mânica, acusados de serem os mandantes do crime, foram condenados pelo Tribunal do Júri por quádruplo homicídio, triplamente qualificado por motivo torpe, mediante paga de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas”, disse o MPF.

Ainda de acordo com o MPF, “embora os réus mandantes e intermediários ainda estejam recorrendo de suas condenações, no ano passado, o ex-prefeito de Unaí Antério Mânica foi novamente condenado pelo Tribunal do Júri, o que reafirma e prova que é verdade toda a narrativa da União, como também são justos e devidos seus pedidos”.

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