Cidades de MG que avançaram na vacinação contra Covid zeram internações e mortes

Fonte: CBN — Belo Horizonte

Cidades mineiras que conseguiram avançar na vacinação mais rapidamente já estão vendo os resultados da imunização nos dados epidemiológicos. Nesses locais, grande parte da população integra algum público prioritário, como é o caso de quilombolas, indígenas ou trabalhadores aeroportuários.

Em Rio Doce, na Zona da Mata, há quase 3 meses não há internações de pessoas com Covid-19. Já Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, não registra morte há mais de 30 dias.

Última hospitalização na cidade de Rio Doce foi em abril. Confins, que também está com vacinação avançada, não registra mortes há mais de 30 dias.

O município de Rio Doce, na Zona da Mata Mineira, foi o primeiro de Minas Gerais a vacinar toda a população adulta com a primeira dose. A cidade possui cerca de 3 mil habitantes e mais de 1,3 mil são quilombolas, que estão no grupo prioritário de imunização. Isso ajudou a acelerar a imunização de toda a população.

Rio Doce tem cerca de 3 mil habitantes — Foto: Prefeitura de Rio Doce/Divulgação
Rio Doce tem cerca de 3 mil habitantes — Foto: Prefeitura de Rio Doce/Divulgação

O resultado foi uma queda importante nos dados epidemiológicos. O último caso de internação no município foi no dia 19 de abril. O secretário de Saúde de Rio Doce, Rodrigo de Souza, diz que a vacinação é parte importante desse resultado, mas que as medidas preventivas também continuam contribuindo.

“Realmente o impacto da vacinação é muito positivo para o município. A gente percebeu que os casos diminuíram drasticamente, há muito tempo não tem paciente internado no município. E a maioria aqui faz uso da máscara, evita aglomerações. A gente pode contar com a população aqui, as pessoas respeitam bem”, destacou.

Confins está com vacinação avançada — Foto: Raquel Freitas/G1
Confins está com vacinação avançada — Foto: Raquel Freitas/G1

Localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Confins é um dos municípios do estado com a vacinação por idade mais avançada. Nesta semana, pessoas com 25 anos recebem a dose e a previsão é terminar toda a população adulta até o final do mês. A cidade, de cerca de 7 mil habitantes, recebeu mais doses por ter muitos trabalhadores aeroportuários, já que o Terminal Internacional de Belo Horizonte fica na região.

Confins não registra mortes pela doença desde 11 de junho, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Weslei Denis Ramos, isso se deve ao avanço da imunização.

“Após o avanço da vacinação, nós temos agora uma redução muito drástica das pessoas que pegam Covid aqui dentro do município. Continuamos tendo caso, mas um número menor do que já tivemos a uns meses atrás. Também é menor o número de hospitalização e de óbito”, destacou.

Confins, na Grande BH, não registra mortes por Covid há mais de um mês — Foto: Raquel Freitas/G1
Confins, na Grande BH, não registra mortes por Covid há mais de um mês — Foto: Raquel Freitas/G1

No Norte de Minas, a cidade de São João das Missões é a mais avançada em relação à aplicação da segunda dose. O município possui 13 mil habitantes, e a maioria vive em comunidades indígenas. Da população com mais de 18 anos, quase 50% já receberam as duas doses da vacina.

População indígena vacinada em São João das Missões em janeiro — Foto: Arquivo pessoal
População indígena vacinada em São João das Missões em janeiro — Foto: Arquivo pessoal

O secretário de Saúde do município, Jonesvan Pereira Oliveira, conta que hoje não há pessoas internadas com a doença por lá. Ele diz que o município continua seguindo as regras de flexibilização orientadas pelo governo do Estado, também em preocupação com cidades da região.

“O impacto da vacinação no município é extremamente positivo, uma vez que, com as internações reduzidas, hoje o número é zero. E isso dá uma sensação de maior liberdade para a comunidade como um todo. Embora tenha avançado bastante na imunização, a gente tem seguido o plano Minas Consciente 100%, porque somos parceiros dos outros municípios e do estado”, afirmou.

Em todo o estado, segundo o governo de Minas, dos mais de 21 milhões de mineiros, 38% receberam a primeira dose e quase 14% a segunda dose. O número de mortes e de casos ainda está em um patamar elevado, mas vem apresentando redução.

A média móvel de mortes, calculada com base nos 7 dias anteriores, está em 143 mortes. Em abril, no pior momento da pandemia, o número chegou em 340 mortes. Já a média de casos, que já esteve próxima de 10 mil, hoje está em 5.222 casos.

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