Dengue: Secretaria de Saúde confirma óbito de bebê de cinco meses em Montes Claros

Fonte: G1 Grande Minas

A secretaria de Saúde de Montes Claros confirmou o óbito de um bebê, de cinco meses, por dengue. Essa é a segunda morte registrada no município.

Segundo as informações da secretaria, trata-se de um menino, que teve início dos sintomas em 18 de março, foi internado em 22 do mesmo mês e faleceu no dia seguinte. A criança, que não tinha comorbidades, apresentava febre, manchas pelo corpo, prostração e redução de apetite. Esse óbito ainda não aparece no levantamento do estado.

O Boletim de Arboviroses do município aponta que 20.489 casos foram notificados

Neste ano, 472 hospitalizações por arboviroses foram realizadas, sendo 371 pessoas de Montes Claros e 101 de outras cidades.

Situação de emergência

No dia 16 de fevereiro, a Prefeitura de Montes Claros decretou situação de emergência em saúde pública por conta do aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município e tem validade de 120 dias.

No documento, a Prefeitura reconhece que o município vive um cenário alarmante e um surto das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, com um “crescimento exponencial no número de casos e notificações.”

O decreto autoriza a “adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do surto, em especial aquisição pública de insumos e materiais, e a contratação de recursos humanos e serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial”.

O município destacou que a Secretaria de Serviços Urbanos está autorizada a estender as atividades de limpeza pública, inclusive em lotes vagos, públicos ou particulares, nos casos em que a falta da limpeza esteja colocando em risco o controle sanitário.

Infestação

O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) apontou infestação de 8,3% em Montes Claros. Isso significa que a cada 100 locais visitados, mais de oito tinham focos do mosquito, que é responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. O LIRAa anterior tinha ficado em 5,96%.

A primeira pesquisa do ano foi feita entre os dias 15 e 24 de janeiro e coloca o município em uma situação de alto risco de infestação do mosquito, se considerados os parâmetros do Ministério da Saúde, nos quais a aferição é considerada satisfatória quando fica abaixo de 1%; situação de alerta quando está no intervalo entre 1% e 3,9%; e indica risco de surto quando é igual ou superior a 4%.

Denúncias sobre focos do mosquito através dos telefones 2211- 4400 ou 0800 283 3330.

Os locais em que foram encontrados criadouros do Aedes aegypti com maior frequência foram:

  • Depósitos móveis: vasos c/ plantas aquáticas, frascos com água, pratos de suporte para plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais, reservatório de climatizadores : 47,6%
  • Depósitos fixos: tanques de alvenaria, depósitos em obras, piscinas, sanitários em desuso, caixas de passagens, ralos, canaletas e peças arquitetônicas: 19,2%.
  • Depósitos ao nível do solo: Armazenamento de água para consumo doméstico (barril, tina, tonel, tambor, depósito de barro, tanque, poço, cisterna, cacimba, etc.): 17,7%.

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