‘Menino simples e do bem’, diz colega de pedreiro que morreu soterrado em obra na casa do prefeito de Matias Barbosa.

Fonte: G1 Zona da Mata 

“Menino simples e do bem”. Foi assim que uma colega de Arthur de Miranda Rodrigues Paiva, de 26 anos, o descreveu. O jovem trabalhava em uma obra na casa do prefeito de Matias Barbosa, quando morreu soterrado na manhã de quinta-feira (30).

Ao g1, a mulher contou que conheceu o rapaz ainda bebê e que ele nasceu em uma família grande e unida.

“Um menino ótimo, simples e do bem. Tá todo mundo muito desnorteado, foi um grande choque. A cidade está em luto”, disse ela, que preferiu não ser identificada.

Ainda segundo a colega, Arthur de Miranda morava em Simão Pereira e ia e voltava todos os dias para trabalhar em Matias Barbosa. O sepultamento do jovem aconteceu na manhã desta sexta-feira (31), na cidade natal dele.

Soterramento

Polícia Civil no local da obra em Matias Barbosa, foto de arquivo  — Foto: Gabriel Landim/TV Integração
Polícia Civil no local da obra em Matias Barbosa, foto de arquivo — Foto: Gabriel Landim/TV Integração

Arthur de Miranda morreu na manhã de quinta-feira após ser soterrado em uma obra na casa de Carlos Roberto Mendes Lopes (Progressistas). O imóvel fica no Bairro dos Sabiás, perto do Centro da cidade.

Conforme o Corpo de Bombeiros, a pessoa que ligou pedindo socorro contou que o rapaz havia sido totalmente soterrado por um talude de 4 metros. No imóvel, era construído um muro de arrimo e a garagem.

Arthur de Miranda Rodrigues Paiva, de 26 anos, trabalhava quando um talude de 4 metros caiu em cima dele. Sepultamento aconteceu na manhã desta sexta-feira (31).

A vítima foi retirada do local, chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu e morreu.

Obra sem registro

Soterramento é registrado na casa do prefeito de Matias Barbosa, foto de arquivo — Foto: Gabriel Landim/TV Integração
Soterramento é registrado na casa do prefeito de Matias Barbosa, foto de arquivo — Foto: Gabriel Landim/TV Integração

Em ligação à TV Integração, o prefeito disse que a obra no muro não apresentava registro. As intervenções na casa seguem projeto arquitetônico, mas o trabalho de contenção da estrutura à frente da residência, em si, não estava no escopo da arquiteta contratada.

“A casa era inacabada e ainda estava em construção. Com a chuva, o muro cedeu. Os funcionários fizeram a limpeza, e os meninos já faziam a caixa estrutural para levantar o muro”.

Ele ainda disse que os trabalhos visavam puxar o muro para trás e fazer uma garagem na frente do imóvel.

De acordo com Carlos Roberto, que estava em Brasília participando da Marcha dos Prefeitos, a contratação dos trabalhadores foi feita verbalmente, já que eram conhecidos do prefeito. O pagamento seria semanal.

Além de Arthur, outros dois funcionários foram contratados. Todos são de Simão Pereira, cidade localizada a aproximadamente 15 km de Matias Barbosa. O prefeito disse estar oferecendo assistência à família.

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