Fonte: Record Minas
Uma fábrica de rações localizada em Santa Luzia, na Grande BH, foi alvo de uma operação na manhã desta quinta-feira (24). A Polícia Civil cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão em 12 cidades de várias regiões de Minas Gerais.
A suspeita é de sonegação de impostos que teriam causado prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos.
A Operação Petscan 2 é um desdobramento de uma outra operação, desencadeada em dezembro de 2016. Na ocasião, a fábrica foi alvo de busca e apreensão.
Segundo a delegada Clara Hermon, os documentos obtidos na primeira fase revelaram que a empresa faziam um “controle paralelo” das sonegações.
Polícia Civil cumpre quatro mandados de prisão e 21 de busca e apreensão em 12 cidades mineiras contra fábrica localizada em Santa Luzia (MG)
— Na análise do material apreendido na primeira fase a gente verificou que existe um controle paralelo, onde foram identificadas essas fraudes. E também, que havia funcionários, gerentes, supervisores e também distribuidoras que participam do mecanismo da fraude.
Fraude e prejuízo
Também a partir dos documentos apreendidos, técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda, Ministério Público e a Polícia Civil apuraram que ao menos R$ 200 milhões teriam sido sonegados pela empresa.
De acordo com as investigações, mesmo após a operação de 2016, a fabricante de rações continuou negociando as mercadorias de forma ilegal. Dentre as irregularidades, foram detectadas simulações de transações comerciais com empresas de fachada, com o objetivo de diminuir o imposto sobre a venda das rações.
Os auditores fiscais também identificaram vendas de mercadorias sem nota fiscal, subfaturamento e emissão de documentos fiscais com indicação de destinatários diferentes dos reais, entre outras fraudes, como ocultação de patrimônio, valores e rendas gerados pelos negócios ilícitos.