Preso por participar de roubo a gerente de banco em Buritizeiro fazia parte de organização criminosa, diz polícia

Fonte: G1 Grande Minas

O foragido da justiça preso por participar do roubo a um gerente de banco em Buritizeiro fazia parte de uma organização criminosa especializada neste tipo de crime: extorsão mediante sequestro. A informação foi repassada em coletiva de imprensa realizada, nesta quarta-feira (30), pela Polícia Militar e o Ministério Público de Minas Gerais.

O homem é natural da Bahia e já tinha passagens em outros estados.

“Esse cidadão já tem diversas passagens por esse tipo de crime, com condenações em outros estados, não só em Minas Gerais. Faz parte de uma organização criminosa que atua nessa modalidade e também possui passagem por homicídio”, explicou o major Helmer Marques Costa de Souza.

A prisão foi realizada em uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Geco) – regional Montes Claros – com apoio da Agência Regional de Inteligência, por intermédio do Grupo de Combate as Organizações Criminosas, e Agências de Inteligências da 11ª Companhia de Policiamento Especializado e 55º Batalhão da Polícia Militar. O investigado foi encontrado escondido em uma casa, no bairro Independência, nessa terça-feira (29). Ele não resistiu à prisão.

“A partir daí [da data do crime] a Polícia Civil de lá, juntamente com a Polícia Militar e Ministério Público fizeram levantamentos, que indicaram que um dos suspeitos [preso nessa terça] que participou desse crime seria um cidadão que estava residindo em Montes Claros. Não tinha o endereço e a partir dessa informação, surgiu a atuação da unidade especializada, juntamente com o Gaeco de Montes Claros para identificar o local que ele estava homiziado”.

  • Suspeito de participar de roubo a gerente de banco em Buritizeiro é preso em Montes Claros
  • Após ser rendido por bandidos em casa, gerente de banco é obrigado a usar colete com supostos explosivos

Na entrevista coletiva, o promotor Flávio Márcio Lopes Pinheiro, subcoordenador do Gaeco comentou sobre a atuação do órgão na prisão do suspeito.

“O Gaeco Regional de Montes Claros desenvolveu uma expertise atendendo demandas de promotores e das forças de segurança da região em localizar e contribuir com a prisão de foragidos e réus com mandados de prisão em aberto. Nesse caso específico, nós recebemos a demanda e valendo-se de técnicas especiais de investigação, nós conseguimos contribuir para que a Polícia Militar chegasse até esse foragido”.

Durante a entrevista coletiva, o major da Polícia Militar confirmou que o material colocado em um colete preso ao gerente do banco, não se tratava de explosivos.

“Após atuação do Batalhão de Operações Policiais Especiais de Belo Horizonte (BOPE) sediado em Belo Horizonte foi constatado que não se tratava de um artefato explosivo, apenas um simulado”.

No dia do crime, os bandidos invadiram a residência por volta de 21h e renderam a vítima. Eles passaram a noite na casa e, ao amanhecer, colocaram o colete com supostos explosivos no gerente e exigiram a quantia de R$ 5 milhões.

O gerente seguiu sozinho para o banco, enquanto mantinha contato com os bandidos por telefone. Após realizar duas transferências no valor de R$ 50 mil, ele conseguiu retirar o colete e acionou a PM. Os valores transferidos foram cancelados pelo banco.

Outros envolvidos

Além desse homem preso em Montes Claros, outros cinco participaram da ação criminosa. Um deles foi preso no dia dos fatos pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia de São Paulo.

“Esse indivíduo foi preso tentando sacar o dinheiro de uma das contas para as quais a quantia foi transferida, ele era titular de uma dessas contas. As transações foram canceladas, mas, muito provavelmente, ele não tinha essa informação”, disse o capitão da PM, Warlem Santos Silva no dia da ocorrência.

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